Historiadora das teorias e das formas urbanas e arquitetônicas na Universidade de Paris VIII, a autora reconstitui a concepção, ao longo do tempo, do que vem a ser patrimônio histórico. Isso inclui um mergulho no conceito de monumento histórico e nas diferenças entre conservação e restauração. Verifica também como a indústria cultural convive com o patrimônio e como ele se relaciona com o turismo.
Autor deste livro.
Com base em uma riquíssima sequência de imagens, iluminuras medievais, pinturas e retábulos barrocos, este livro reconstrói como o Ocidente cristão tentou imaginar e gerir sua relação com o universo dos mortos, de perto e de longe, encerrando-os na misericordiosa prisão do purgatório, um local de reclusão e de sofrimentos expiatórios temporários que rompe a dualidade entre o paraíso aberto a poucos eleitos e o inferno com suas terríveis penas.
A atitude descrente é um componente fundamental, original, necessário e, portanto, inevitável em qualquer sociedade. Por isso tem obrigatoriamente um conteúdo positivo, e não se reduz unicamente à não crença. [...] É uma posição que acarreta escolhas práticas e especulativas autônomas, que tem portanto sua especificidade e sua história.
Geopolitica sul-americana, interesses do grande capital, modelos de urbanização das novas cidades do interior. O que impulsiona a implantação de uma estrada de ferro e o que é acarretado por ela? Este livro surpreendente expõe a multiplicidade de elementos que acompanham a saga de ocupação do Oeste paulista: capítulos importantes sobre a história da formação do Brasil contemporâneo.
O ponto de convergência deste livro é a inconfundível defesa da autonomia operária. Os textos reunidos discutem a auto-organização dos trabalhadores, seus sucessos, obstáculos e insucessos. Escritos em uma linguagem ágil e acessível, os artigos foram publicados em jornais – como Notícias Populares, Folha de S.Paulo, O São Paulo, entre outros – a partir da década de 1970.
O livro faz uma exuberante reconstituição da boemia paulistana entre os anos de 1860 e 1920, quando São Paulo teve a sua primeira fase de crescimento explosivo e a população saltou de pouco mais de 30 mil habitantes para algo em torno de 200 mil, graças à chegada em massa de imigrantes, principalmente italianos desencantados com a lavoura, e de estudantes de outros estados do país, a maioria deles para estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.
Inspirado pelo trabalho do pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940), que avaliou os gostos e costumes da Paris da Belle Époque, a autora retrata como eram as tabernas da época e como se comportavam os seus frequentadores, reconstituindo, assim, as relações sociais e pessoais que permeavam o consumo de álcool na São Paulo daquela época. Também faz um minucioso mapeamento da produção e do consumo de bebidas alcoólicas na cidade durante o período.
A pesquisa ainda desvela, como pano de fundo, os gestos e sensibilidades do cotidiano da cidade nesse momento anterior à industrialização, captando costumes e modos de vida e pondo à mostra toda uma cultura gestual, material e historicamente construída, que logo acabaria por se transformar inteiramente.