Da Escola do Recife ao Código Civil
As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas idéias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.
Vamireh Chacon nasceu em Pernambuco, no Recife. Bacharelou-se e doutorou-se em sociologia do direito pela tradicional Faculdade de Direito do Recife e Universidade de Munique. Fez o pós-doutoramento em sociologia do desenvolvimento na Universidade de Chicago. É professor visitante de universidades da Alemanha, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Escócia, Estados Unidos, China e Índia.Escreveu os seguintes livros, entre outros, História das ideias socialistas no Brasil, História dos partidos brasileiros, A construção da brasilidade, Gilberto Freyre – Uma biografia intelectual e Abreu e Lima – General de Bolívar.
As culturas conflitam-se e dialogam, entrecruzam-se, não há cultura nem raça puras. A grande Ibéria está aqui na perspectiva brasileira da Nova Ibéria continental americana à Antiga Ibéria peninsular europeia, ida e volta: encontros, desencontros e reencontros também pelos oceanos das Áfricas e Ásias lusófonas e hispanófonas até a Oceania das Filipinas e Timor Leste; do passado ao presente e futuro num mundo de culturas em blocos linguísticos, fonopolítica ora liderada pelos anglófonos diante da resistência de outros povos.
Os 34 ensaios desta obra analisam criticamente as contribuições e lacunas de autores clássicos das Ciências Sociais sob a perspectiva dos estudos de gênero. Cobrindo um amplo espectro temático – analisando produções que vão de Auguste Comte a Carlo Ginzburg, passando por Claude Lévi-Strauss, Anthony Giddens e Edward Thompson –, estes textos compõem um volume indispensável para os interessados não só em temas relacionados à desigualdade sexual, mas também na própria história do pensamento social.
Desde a década de 1940, as teses da Democracia Cristã estão entre as influências mais persistentes no panorama politico brasileiro. No entanto, ao contrário do que ocorreu em outros países latino-americanos e europeus, no Brasil o PDC não criou raízes necessárias para resistir às tribulações da década de 1960. O que aconteceu? Quais foram as tentativas de revitalização do partido? O que influenciou a decadência de uma facção que sempre contou com líderes de expressão e ideário atraente? Tais questões, essenciais para entender toda a trajetória recente da política brasileira, formam o pano dce fundo deste livro instigante e necessário.
Uma abordagem da Reforma Política brasileira, no que se refere às coligações eleitorais e seus impactos sobre o sistema partidário, propiciando uma reflexão das mazelas da fragmentação do sistema partidário, do problema da tradição federativa, da nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Apresenta as coligações eleitorais entre 1954-1962; a lógica das coligações no Brasil; os efeitos das coligações e o problema da proporcionalidade; e uma análise comparativa das estratégias eleitorais nas eleições majoritárias (1994 - 1998 - 2002), referindo-se às coligações eleitorais versus a nacionalização dos partidos e do sistema partidário brasileiro. Ao subsidiar um foco do perfil dos partidos e da classe política brasileira, em especial, suas identidades no espectro ideológico, possibilita adquirir indicadores sobre o impacto do Poder Executivo (estadual e nacional) sobre os partidos e o sistema partidário brasileiro.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.