Preservar e criar na formação docente
Neste mundo em acelerada mudança, os pesquisadores indagam-se constantemente sobre o que conservar, como inovar, o que criar, o que substituir. Por um lado, é evidente que as inovações tecnológicas, com as mudanças que causaram na sociedade, exigem mudança nos padrões de formação de docentes e alunos; por outro, há elementos que se mostram frutíferos nesse processo de formação.
Com a diversidade de visões esperada e desejada, salta dos textos aqui reunidos uma ideia: a de que o trabalho individual (típico do docente tradicional) não permite ao professor o feedback para a descoberta e efetivação das inovações necessárias, o que só se consegue por um trabalho em equipe, com troca de experiências e tentativa de solução de problemas em conjunto.
Graduação em Psicologia e Formação de Psicólogos pela Faculdade de Ciências e Letras de Assis da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Pós?doutoramento pelo Programa Estágio no Exterior – PROPG/Unesp, na Universidade do Porto, Portugal. É professora assistente doutora do Departamento de Educação da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp-Assis/SP e na Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências – Unesp-Marília/SP. Desde janeiro de 2017 é assessora na Pró-Reitoria de Graduação da Unesp. Tem várias experiências administrativas e em colegiados centrais da Unesp. É membro titular do Conselho Estadual de Educação (CEE) do Estado de São Paulo desde 9 de agosto de 2017. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em políticas educacionais e nos seguintes temas: análise de políticas educacionais, reformas educacionais, administração educacional, formação de professores e currículo. Possui livros e artigos publicados nesses temas.
Graduou-se em Fonoaudiologia pela PUC-SP. Fez mestrado e doutorado em Educação, respectivamente, na PUC-SP e na Unicamp, e livre-docência em Didática pela Unesp. Atualmente é professora adjunta na Faculdade de Ciências e Letras – Unesp-Assis/SP e professora orientadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências – Unesp-Marília/SP. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Linguagem, Ensino e Narrativa de Professores (Geplenp) – Unesp-Assis/SP, certificado pelo CNPq. Dedica-se ao ensino e pesquisa em Educação com ênfase em formação de professores, avaliação educacional e práticas de leitura.
A multidisciplinaridade na formação de educadores, a prática dos professores na construção da cidadania, a promoção de uma escola pública de qualidade e democrática, a produção acadêmica e a construção e a incorporação de saberes "reflexivos" a uma política de formação docente são alguns dos temas presentes nesta obra, que reúne trabalhos apresentados na sétima edição do Congresso Estadual Paulista sobre a Formação de Educadores (CEPFE).
Os Congressos Estaduais Paulistas sobre a Formação de Educadores (CEPFE) são realizados desde 1990 e têm dado ênfase especial à formação de profissionais da educação, nos ensinos Fundamental, Médio e Universitário. Diferentes áreas dos saber são envolvidas na discussão, como ocorre nesta reunião de textos do VIII Congresso Estadual Paulista, realizado em 2003. Os estudos aqui apresentados encontraram orientação nos seguintes eixos temáticos: Artes como elemento formador/educativo de expressão e de sensibilidade; Ciência e conformação crítica na formação do educador; Técnicas na formação do educador; e Políticas e orientação desejável, produtiva e emancipatória na formação do educador, sempre em uma ótica que contribui para o aparecimento e a consolidação de novas configurações relativas à sistemática da construção do saber dos educadores.
Trata-se de um estudo sobre as práticas de leitura em Assis, na região Oeste do interior de São Paulo. Verifica a preferência por determinados autores nas escolas de primeiro grau nas décadas de 1920 a 1950. Essas escolhas revelam a articulação de valores como o nacionalismo e o progresso. Escritores como Monteiro Lobato, por exemplo, representavam a possibilidade de ascensão social e individual perante o desenvolvimento e o progresso que se alastravam pelo interior paulista no período enfocado. A escolaridade, por sua vez, era então vista como garantia de inserção social bem-sucedida.
O Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores é um dos mais importantes eventos nacionais para a discussão do papel dos docentes e das possibilidades de melhoria de sua prática profissional nos diversos níveis de ensino. Ao compilar as comunicações e debates da sexta versão do evento, realizada em 2001, sob o tema "Formação de educadores: desafios e perspectivas para o século XXI", este livro confirma essa tradição. Os 31 textos aqui reunidos discutem temas de grande relevância para os educadores, como os aspectos politicos na produção do livro didático, a preparação técnica e a formação ético-política dos professores, as novas tecnologias na educação presencial e a distância, além da formação do professor de educação especial na perspectiva da inclusão e a diversidade cultural e indisciplina na educação contemporânea.
Este livro – entendendo a formação dos professores uma das bases para a educação como meio imprescindível para a cidadania e reunindo textos preparados por especialistas convidados do X Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores de 2009 – resulta em um conjunto necessário para repensar os impasses da prática docente, além de suscitar a reflexão sobre os desafios da educação no Brasil de hoje.