Memórias de São Paulo: as revoluções de 1924 e 1932

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Presencial
Data: 05 de julho de 2018 - das 19h às 21h - ATENÇÃO! Este evento é GRATUITO. Favor desconsiderar a página de pagamento. VAGAS LIMITADAS!

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Não são muitos os paulistanos  que sabem ter sido sua cidade palco de duas revoluções, a de 1924 e a de 1932, que tiveram efeitos profundos nos acontecimentos subsequentes da turbulenta trajetória política brasileira. Trincheiras, ruínas, feridos e mortos espalharam-se por ruas e praças nas quais caminhamos hoje em dia sem que alguma placa nos diga o que ali aconteceu. O silêncio da morte sepultou os momentos mais sangrentos da história da Pauliceia. Apesar dos campos de refugiados da Cruz Vermelha fora da cidade, na Zona Leste, na Fazenda do Carmo, e dos 513 mortos nos tiroteios e bombardeios dentro da cidade de São Paulo, a Revolução de 1924 nunca fez parte do calendário de lembranças e homenagens da cidade. Os registros fotográficos dessa campanha mostram, contudo, a extensão brutal da presença, rara no Brasil, dos bombardeios maciços do cenário urbano: o Pátio do Colégio, os bairros da Luz, do Brás, do Belenzinho, da Mooca, da Liberdade, do Ipiranga, da Vila Mariana, do Cambuci, das Perdizes... As primeiras bombas caíram durante a madrugada de 5 de julho sobre o Liceu Coração de Jesus, na Luz, ferindo vários internos. O Mosteiro de São Bento foi transformado em abrigo e hospital. Os mortos sepultados em fundos de quintal e em terrenos baldios na Mooca, no Cambuci, no Sacomã. O Jardim da Luz transformado em campo de concentração dos prisioneiros. As execuções sumárias, no próprio centro da cidade, decorrentes da aplicação da lei marcial, nos casos de invasões e saques de casas e estabelecimentos comerciais. São Paulo foi a primeira cidade brasileira a ser bombardeada por aviões, não só com sacrifício de vidas de civis, pais de família, mulheres e crianças, mas com a destruição de casas e de fábricas nos bairros operários. A Revolução Constitucionalista de 1932, de certo modo, foi um desdobramento da Revolução de 1924, no movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, entre julho e outubro de 1932. Tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas para convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. É o que celebra o feriado de 9 de julho em São Paulo. Começou com um comício de Ibrahim Nobre na Praça do Patriarca, no dia 22 de maio de 1932, que se estendeu em passeatas pela tarde e pela noite e culminou com  um massacre na Praça da República. Além dos muitos feridos, ali metralhados, foram mortos a tiros Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – MMDC.   Para resgatar esses dois importantes movimentos históricos, José de Souza Martins, além da palestra, exibirá  fotografias da época. Em seguida, autografará seu livro O Coração da Pauliceia ainda Bate (Editora Unesp/Imprensa Oficial).



Data(s)

05 de julho de 2018 - ATENÇÃO: Evento GRATUITO. Favor desconsiderar a página de pagamento. VAGAS LIMITADAS. Em caso de desistência ou dúvidas, por favor, entre em contato: unil@editora.unesp.br ou (11) 3242-9555.

Neste evento não há certificação.


Metodologia

Apresentação do autor e "bate-papo" (mediado por um especialista da área).


Local do curso

Praça da Sé, 108 - Centro, São Paulo, SP - esquina com a rua Benjamin Constant - Metrô Sé.

Autor

Mediador