Passando por rigoroso exame as principais teorias sobre as origens da civilização, René Girard centra suas reflexões no que considera ser os eventos primordiais do processo civilizatório. Destacando o papel da violência fundadora, apresenta uma nova teoria do sagrado, que lhe permite um reexame dos grandes temas míticos e rituais. Este livro não se perde na aridez ou no formalismo. Muito ao contrário, nutre-se de um estilo que consegue ao mesmo tempo transmitir o interesse, a aura e a graça dos grandes textos literários.
Autor deste livro.
Neste conjunto de ensaios o filósofo francês Gérard Lebrun procura discutir e entender o discurso hegeliano, pondo a questão da regulação que o leitor deve adotar em relação ao Sistema hegeliano, afastando todos os juízos tradicionais sobre o andamento global do Sistema (monismo, otimismo, panlogismo, pantagrisno etc.).
O público não especializado encontra aqui as principais linhas contemporâneas de pesquisa da Epistemologia e da Filosofia da Ciência. Granger fala da diferença entre conhecimento científico e saber técnico, demonstra como a diversidade de métodos pode conviver com a unidade de perspectiva e dá uma versão não relativista da evolução das verdades científicas.
Noam Chomsky é um dos pensadores mais influentes do nosso tempo. Nesta série de entrevistas, expõe suas ideias iconoclastas a respeito da linguagem, da natureza humana e da política. Em diálogo com James McGilvray, Chomsky percorre uma grande variedade de tópicos e a partir dessa transcrição é possível retraçar, em voo panorâmico, parte significativa do percurso intelectual desse pensador. A primeira parte do livro é dedicada à visão chomskyana sobre a linguagem e a mente. Na segunda parte, ele realiza um mergulho de alta profundidade na amplitude da natureza humana e seus componentes biológicos, linguísticos, políticos, filosóficos. O livro, de profundo interesse para todos os envolvidos no estudo da linguagem e da mente, revela a dimensão das teorias linguísticas de Noam Chomsky sobre a linguagem, que se situam no campo das investigações sobre os elementos constitutivos da própria natureza humana.
Neste livro, François Dosse apresenta um panorama da renovação da cena intelectual francesa e propõe uma análise sistemática das “pesquisas de ponta” nas ciências humanas, enriquecida por entrevistas inéditas com seus atores. Dosse demonstra de forma acessível como, após o fim dos grandes paradigmas unificadores, o trabalho empenhado em várias áreas do conhecimento permite hoje o florescimento de proposições inovadoras no campo das ciências humanas e outros modos de pensar o social e o político. Além dessa diversidade das obras, o autor considera fundamental os eventos de Maio de 1968, cuja geração parece ter finalmente encontrado as palavras para prosseguir sua busca pelo significado sem teleologia e seu desejo de agir sem ativismo, a fim de repensar o vínculo social na cidade moderna.
Este livro é uma defesa a um só tempo lúcida e apaixonada da razão. Nele, como o próprio título diz, um dos mais influentes filósofos norte-americanos da atualidade se questiona sobre o modo como as tentativas de compreender e de justificar chegam a um termo. Aos que defendem a perspectiva subjetivista, segundo a qual a primeira pessoa, do singular ou do plural, se esconde no interior de tudo aquilo que dizemos ou pensamos, Thomas Nagel contrapõe o ponto de vista racionalista, de acordo com o qual a razão pode servir de instância de apelação não só contra as opiniões transmitidas e os hábitos da comunidade, mas também contra as peculiaridades de nossa perspectiva pessoal. Indo de encontro às diversas formas contemporâneas de subjetivismo e de relativismo, o autor sustenta que a idéia de razão remete a métodos de justificação não localizados e não relativos - métodos que distinguem entre universidade legítima e inferências ilegítimas, e que almejam atingir a verdade em sentido não relativo.