Este livro busca ampliar o espírito crítico dos estudantes lembrando não só a eles como tambem a alguns de seus professores que este ainda é um país subdesenvolvido e injusto.
Wilson Cano é doutor em Ciências Econômicas pela Unicamp, onde é professor titular. Membro vitalício do conselho curador da Fundação Economia de Campinas e consultor da Fapesp. É autor de Desequilíbrios regionais e concentração industrial e Soberania e política econômica na América Latina, ambos publicado pela Unesp, entre vários outros títulos.
Este livro, uma continuação da análise iniciada em Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1970, mostra como passamos de uma década (a de 1970) de intenso crescimento, para um longo período de baixo crescimento, incerteza, desemprego, valorização cambial e neoliberalismo, que debilitaram fiscal e financeiramente o Estado, desmantelando as instituições de planejamento e constrangendo a política econômica e como esse processo degenerativo afetou a macroeconomia regional, desfazendo a maior parte de suas estruturas institucionais e constrangendo a política de desenvolvimento regional.
Nesta segunda edição revista e ampliada, Wilson Cano aborda, "as tentativas de impor às nações subdesenvolvidas idéias neoliberais que só 'fazem bem' às nações desenvolvidas, ao dito Primeiro Mundo. Para tentar manter uma artificiosa e 'inteligente' política de estabilização, as nações desenvolvidas estão minando as finanças públicas e desestruturando o aparelho produtivo nacional. Os maiores exemplos disso são as grandes reduções de capacidade produtiva já ocorridas em muitos setores, notadamente nos da agricultura, indústria têxtil, confecções, brinquedos, componentes eletrônicos e autopeças. Nesses anos de práticas de políticas neoliberais já abandonadas em alguns países os efeitos sociais nefastos já se fazem sentir também aqui: drásticos cortes nos gastos públicos sociais, aumento do desemprego aberto e o de longa duração, desmedido crescimento da violência urbana e grave deterioração dos padrões éticos, políticos e sociais. Por outro lado, torna-se ainda mais difícil a redação de um texto de introdução à Economia, haja vista a crise pela qual passa a Teoria econômica (as "novas" e as "neos") e a "financeirização" criada pela crise financeira internacional, que cresce, justamente, a partir da década de 1970 e parece não ter solução pacífica".
Em uma linguagem acessível mesmo para aqueles que não são estudantes da área, esta obra introduz o leitor, gradativamente, nos meandros da Economia, para desmistificar o excessivo caráter “técnico” que muitos lhe pretendem dar e para desnudá-la, o quanto possível, como um conjunto de regras e possibilidades, mutáveis no tempo e no espaço, que podem ser (e em geral são) administradas pela política. Este livro procura ampliar o espírito crítico dos estudantes, lembrando, não só a eles como também a alguns de seus mais jovens docentes, que este ainda é um país subdesenvolvido – e não apenas injusto.
De uma perspectiva histórico-descritiva, este livro delineia um quadro amplo e generalizado sobre o conceito de rede geográfica, materializada pela rede de internet, que configura a relação entre as novas tecnologias de informação e o cotidiano de pessoas e empresas. A análise não se restringe a obras de autores consegrados da Geografia, da Economia e da Sociologia, mas incorpora teses acadêmicas, jornais de divulgação e sitios de informática, articulando os traços mais evidentes da rede urbana com as características das cidades em rede. Ao facilitar a compreensão das transformações mais recentes na sociedade, adotando diferentes discursos e um ponto de vista transdisciplinar, a obra enfatiza o papel do ser humano no entendimento da rede urbana, com base na estruturação da rede de internet, servindo como instrumento de provocação para o aprofundamento dessas temáticas.
Neste livro, Igor Fuser analisa em profundidade o papel do petróleo na definição da política norte-americana para o Golfo Pérsico entre 1945 e 2003, com ênfase na relação entre o aumento da dependência dos Estados Unidos em relação aos combustíveis importados e seu crescente intervencionismo na região. O autor demonstra que, para entender os motivos da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, é preciso ir muito além de temas como terrorismo, armas de destruição em massa e o suposto interesse norte-americano na promoção da democracia. A postura unilateral e belicosa adotada pelo presidente George W. Bush após os atentados de 11 de setembro, sem dúvida, ajuda a explicar a polêmica iniciativa militar. Ainda assim, a história da política dos Estados Unidos no Oriente Médio nos últimos sessenta anos revela uma notável continuidade entre a agressão militar ao Iraque e a conduta dos governos anteriores – republicanos ou democratas. Entre os objetivos permanentes que a maior potência do planeta persegue naquela região, destaca-se, em primeiro plano, o controle de suas imensas reservas de petróleo.