El Cid é um dos mais importantes mitos da história da Espanha. Ao morrer, em 1099, era não só um homem de reconhecida fama, mas um guerreiro vitorioso, que inspirou um dos textos fundadores da língua espanhola, o Poema de mio Cid. Professor de História Medieval na Universidade de York, o autor contextualiza toda a saga do herói, desvendando o que há de lenda e de verdade nas numerosas histórias de um soldado sem pátria, que vendeu seu talento tanto para cristãos quanto para muçulmanos.
Richard Fletcher estudou na Universidade de Oxford e atualmente leciona História Medieval na Universidade de York. É especialista em História da Espanha dos primórdios da Idade Média e autor de vários livros, dentre eles Saint James’s Catapult (Oxford, 1984), um estudo sobre Diego Gelmíriz, um brilhante arcebispo de Santiago de Compostela do século 12, e Who’s Who in Roman Britain and Anglo-Saxon England, um manual biográfico para a leitura da História Inglesa anterior a 1066.
O filósofo Ayer (1910 - 1989) é mais lembrado por Linguagem, verdade e lógica (1936), que apresentou aos leitores britânicos e americanos o positivismo lógico do Círculo de Viena. Hanfling mostra, nesta introdução às obras de Ayer, como ele, e seu princípio da verificabilidade, transformou essa filosofia num tipo de empirismo britânico, na tradição de Hume.
Os elos entre a filosofia e a história são o tema deste estudo. A base teórica é o pensamento do historiador Paul Veyne, que reflete sobre a sua prática de um ponto de vista que leva em conta questionamentos de cunho filosófico. A partir daí, são apontadas questões filosóficas que o historiador deve levar em conta em suas pesquisas. Ao longo do livro são definidos e encadeados elementos constitutivos da tarefa narrativa do historiador e da sua construção teórica. Temas que dizem respeito ao objeto da história e à causalidade histórica, assim como relações entre conceito, acontecimento e totalidade histórica, são enfocados, como também as diferentes concepções filosóficas da ligação entre o ato de narrar em si mesmo e o de construir filosoficamente essa narrativa.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Corsi retorna à época do Estado Novo a fim de compreender a relação entre as diretrizes da política externa e a implementação de um projeto nacional. As vantagens políticas e econômicas alcançadas por Getúlio Vargas, na esfera das relações internacionais, aparecem como peça fundamental na costura da unidade nacional e da viabilização do processo de industrialização. Inserção mundial e consolidação nacional são assim avaliadas com base em uma óptica renovada.
Este estudo revela a importância de pregadores imperiais como gênese de uma intelectualidade brasileira, no início do século XIX. Ele demonstra o papel fundamental da oratória sagrada no Brasil oitocentista, em um tempo onde o analfabetismo era imenso, e a palavra falada, o principal mote às discussões locais. A Corte havia chegado recentemente, o sistema administrativo estava ainda em formação, e as igrejas constituíam os poucos espaços que reuniam a população. A par de um fervor religioso, forma-se também um sentido de identidade nacional, que vem a originar a construção de um discurso brasileiro.