A participação do militar na administração federal das comunicações e da educação - 1963-1990
Livro que enfoca parte importante da militarização da burocracia, com a influência direta das Forças Armadas em instâncias estatais de natureza civil (Comunicações e Educação). Expressa o destaque de tais áreas, a perspectiva gerencial e política de alguns setores militares sobre assuntos relevantes, nos quais reconheciam valor estratégico para o desenvolvimento do Estado. Demonstrada a importância fundamental da Educação e das Comunicações para o Estado no regime militar, a autora revela meandros da administração pública nesses dois Ministérios, durante um período de 27 anos.
Suzeley Kalil Mathias é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Fez pós-doutorado na UNED – Instituto Universitário General Gutiérrez Mellado (Madri, 2008). É professora livre-docente (2006) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, na qual atua nos cursos de graduação e pós-graduação de História e de Relações Internacionais. Líder do Grupo de Estudos da Paz e Membro do Grupo de Defesaa e Segurança Internacional.
São muito recentes os estudos sobre a presença feminina nas Forças Armadas na América Latina. Os ensaios reunidos neste livro mostram como as mulheres que desejam integrar os quadros da instituição precisam se acomodar a uma estrutura tradicionalmente masculina, enfrentando preconceitos que vão desde a impressão de não serem disciplinadas à ideia de que não têm capacidade para suportar as duras tarefas físicas que a profissão militar impõe.
Para Maurício Tragtenberg, a vida e o trabalho significam a base do interesse no conhecimento e, se alunos manifestam desinteresse pela escola, isto deriva da miséria cultural das famílias, muitas vezes também da sua miséria material, obrigando-os a procurar alguma ocupação para sobreviver precariamente. Porém, Tragtenberg não busca só fora da escola as razões do desalento e do desprezo dos alunos, motivadores da evasão escolar. Denuncia a má qualidade do ensino e sua inutilidade para a existência deles, tanto na maioria das escolas primárias, secundárias, como na maioria das universidades, contribuindo com o prestígio da burocracia educacional.
As duas últimas décadas foram marcadas por um período de substancial mudança na administração pública. A reflexão crítica sobre a utilidade da teoria e a extensão em que as práticas governamentais confirmam o desenvolvimento dessa teoria tornam o Administração pública: coletânea um guia essencial tanto da prática da administração pública atual quanto de seu desenvolvimento contínuo como disciplina acadêmica. Em um formato acessível, este livro apresenta uma seleção de 28 artigos originais e inclui uma nova introdução de B. Guy Peters e Jon Pierre. Trata-se de um recurso essencial para os estudantes de administração pública.
Passados mais de 500 anos desde a famosa viagem de Cristóvão Colombo, ainda se conserva no imaginário da maioria da população a ideia de que nosso continente fora descoberto. Esta obra é trabalho historiográfico da melhor linhagem e, ao mesmo tempo, um esforço bem logrado de interpretação e crítica. O autor questiona e desconstrói o conceito “descobrimento” e, em seu lugar, propõe “invenção”.
A obra do cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira apresenta vários aspectos realmente inéditos do processo que culminou com a queda dos regimes comunistas no Leste Europeu, a derrubada do Muro de Berlim e a desintegração do chamado Bloco Socialista. Um desses aspectos é a participação do KGB, o serviço secreto soviético, com a colaboração dirigentes do Stasi, o serviço de inteligência da RDA, na derrubada de Erich Honecker. Essa e outras informações sobre as lutas internas entre os dirigentes da extinta República Democrática Alemã, antes e depois da demolição do Muro de Berlim, foram obtidas em entrevistas feitas diretamente com Egon Krenz, o sucessor de Honecker, Hans Modrow e Lothar de Maizière que foram primeiros-ministros entre a demolição do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, e com Günter Schabowski, membro do Politburo do SED. Também Vernon Walter, embaixador dos EUA em Bonn, deu o seu depoimento. Todos esses homens desempenharam o mais relevante papel nos acontecimentos, e suas entrevistas, concedidas em janeiro/fevereiro de 1991, permitiram que o autor reconstruísse a história e desvelasse a trama que ocorreu nos bastidores da RDA, antes e depois da abertura do Muro.