Vida e milagres de Antônio Conselheiro
Publicado em 1920, 18 anos depois de Os sertões, de Euclides da Cunha, oferece uma fascinante visão dos diversos episódios que envolvem o beato Antônio Conselheiro, uma das figuras mais controversas da história brasileira em sua ambivalente posição de herói de multidões politicamente reprimidas e/ou de fanático religioso.
Autor deste livro.
A historiografia brasileira, de forma geral, tem negligenciado a real abrangência das documentações propostas e analisadas por Afonso de Taunay. Neste livro, Karina Anhezini preenche essa significativa lacuna: recupera aquela documentação, localiza e critica os usos dados das informações e nos oferece uma obra abrangente e pertinente aos modelos analíticos desenvolvidos pela historiografia moderna. De forma competente, a autora demonstra como a historiografia desenvolvida por Taunay tinha caráter laudatório e épico - elementos fundamentais para a compreesão da história escrita no Brasil no final do século XIX e nas primeira décadas do século XX - e tece um fio narrativo que navega por inúmeras fontes literárias, sem, contudo, perder a precisão e o detalhamento histórico. Ao recuperar os escritos e o modelo metodológico de análise desenvolvido por Taunay, trilhando pelo modelo de intelectualidade existente naquele período, a autora abre novos caminhos para a percepção das obras e do pensamento desse historiador. Um livro importante, que certamente garante a continuidade e a atualização dos debates sobre a historiografia brasileira na atualidade.
O livro aborda o conceito de cinemateca desde o surgimento das primeiras coleções de filmes até os dias atuais, enfocando o final da década de 1950 e início da de 1960, quando um modelo específico de cinemateca, do qual o grande ideólogo foi Henri Langlois, é colocado em xeque no âmbito da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF). O texto procura compreender ainda as especificidades da experiência brasileira no panorama político e cultural do país, analisando sobretudo o projeto político/pedagógico da instituição para o campo da educação e de políticas culturais no Brasil no período entre 1952 e 1973.
Revoluções brasileiras, cuja primeira edição é de 1897, é composto de 18 resumos históricos que começam com a história do Quilombo de Palmares e terminam com a Proclamação da República. Sua visão histórica e seu tom radical dão à obra um lugar particular nos estudos da história e da política desse período.
A paixão que a literatura de Borges despertou no leitor brasileiro, a partir das análises pioneiras de Mário de Andrade em 1928, está retratada neste surpreendente volume. Os nomes dos "descobridores" de Borges no Brasil, como Augusto Meyer, Alexandre Eulalio e Murilo Mendes, se juntam a uma rara tradução de Clarice Lispector e textos de especialistas como Davi Arrigucci Jr., Júlio Pimentel Pinto, Eneida M. de Souza, Bella Jozef eoutros. As duas passagens de Borges por São Paulo (1970 e 1984) estão também registradas em rica iconografia e nas reveladoras entrevistas de época. Uma farta pesquisa bibliográfica de Borges torna este livro obra de referência obrigatória.
Este volume reúne vários ensaios sobre o percurso da produção editorial brasileira, durante seus dois séculos de história. Constrói-se assim um retrato multifacetado que expõe as peculiaridades da origem, os desafios do transcurso e o panorama que se descortina para esse elemento essencial da vida cultural do país.