Este livro reúne dezoito textos escritos por Oswald de Andrade entre 1920 e 1922, publicados no Jornal do Commercio, no Correio Paulistano e na revista A Rajada, e uma entrevista publicada na Gazeta de Notícias – boa parte deles, inédita em livro. Vigorosos exemplares do estilo afiado do autor, permitem que se tenha acesso, um século depois, ao caldo cultural que culminou na Semana de Arte Moderna de 1922.
José Oswald de Sousa de Andrade (1890-1954), apelidado de Oswald de Andrade, foi um poeta, escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro. Foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu em 1922 na cidade de São Paulo, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Ficou conhecido por seu temperamento "irreverente e combativo".
Gênese Andrade é professora universitária, pesquisadora e tradutora. Autora, entre outros, de Pagu/ Oswald/ Segall (Museu Lasar Segall; Imesp, 2009) e Artistic Vanguards in Brazil, 1917-1967 (Oxford Research Encyclopedia of Latin American History, 2019). Organizadora de Oswald de Andrade, Feira das Sextas (Globo, 2004), Modernismos 1922-2022 (Companhia das Letras, 2022) e de Correspondência Mário de Andrade & Oswald de Andrade (Edusp; IEB, no prelo). Co-organizadora de Un diálogo americano: Modernismo brasileño y vanguardia uruguaya (Universidad de Alicante, 2006) e de Oswald de Andrade, Manifesto Antropófago e outros textos (Companhia das Letras, 2017).
Publicado em 1920, 18 anos depois de Os sertões, de Euclides da Cunha, oferece uma fascinante visão dos diversos episódios que envolvem o beato Antônio Conselheiro, uma das figuras mais controversas da história brasileira em sua ambivalente posição de herói de multidões politicamente reprimidas e/ou de fanático religioso.
Os ensaios de William Hazlitt fascinaram autores das mais diversas épocas e nacionalidades. Suas coletâneas chegaram a ser livros de cabeceira para Robert Louis Stevenson, Virginia Woolf, Aleksandr Púchkin e Domingo Sarmiento. No Brasil, Vinicius de Moraes, Lúcia Miguel Pereira e Eugênio Gomes foram alguns dos célebres admiradores de sua obra. Com uma combinação peculiar de temas imemoriais com a crônica do dia a dia, a afabilidade e a língua ferina, a prosa poética e a linguagem das ruas, os ensaios de Hazlitt, sempre temperados com sua defesa radical da classe operária, são um dos marcos da literatura moderna.
Neste livro, Flávia Regina Marquetti realiza o resgate da figura de Afrodite, a Deusa Mãe, e seus efeitos sobre a cultura e a condição humana em seus acervos materiais e simbólicos, nos quais se pode deslumbrar a influência da Deusa do amor. Para tal tarefa, a autora faz uma leitura diacrônica das representações femininas nas artes e na literatura, partindo das primeiras manifestações escultórias do feminino na pré-história – mais exatamente nos períodos Paleolítico e Neolítico e seus desdobramentos nas artes cretenses, minóica e grega – para em seguida, contemplar a face judaico-cristã, que propôs uma “redefinição” para o feminino a partir das representações da Virgem Maria e de algumas santas. Prosseguindo esse percurso, Marquetti explora a dimensão afrodisíaca do feminino encarnada pelas jovens heroínas dos contos maravilhosos e dos romances de origem européia
Este livro testemunha alguns dos desenvolvimentos artísticos mais recentes, tal como a ciberarte, a poesia, o teatro interativo, a arte genética e a arte transgênica. Nesse horizonte estético, aparecem visões tal como aquela de Roy Ascott, que prevê o advento de "mídias úmidas", caracterizadas por simbioses pós-biológicas entre a telemática, a biotecnologia e a nanoengenharia. É por tudo isso que as documentações contemporâneas e as visões futuristas deste livro serão capazes de conduzir os leitores além do limiar da cibercultura até os confins do horizonte de uma estética pós-biológica e uma cultura pós-humana.
Este livro, com foco histórico na relação entre arte, ciência e tecnologia, é o resultado do esforço coletivo de especialistas internacionais em muitas disciplinas, atuantes em variados campos de conhecimento, atendendo ao convite recebido para realizar uma publicação no Brasil, somada a outras publicações internacionais, em diversos formatos de textos e material multimídia e em línguas diversas, organizadas pelo International Publication Committee, presidido por Roger Malina, ligado ao evento que se realizou em 2005, REFRESH! The First International Conference on the Histories of Media, Art, Science and Technology, com curadoria-geral de Oliver Grau. A antologia inclui convidados especiais que são referência histórica da relação entre arte, ciência e tecnologia no Brasil. O objetivo é colocar na história da arte, em nosso país, os elementos necessários e as estratégias que configuram as teorias desse campo de conhecimento, bem como artistas, instituições, tipos de documentação, a relação com os espaços de exposição/museus e coleções, metodologias adequadas ao estudo, especialmente pelas abordagens historiográficas, discussão de problemas científicos e as influências recíprocas nas trocas entre arte, ciência e tecnologia.