Uma relação dialeticamente conflituosa
Neste livro, o cientista político Paulo Ribeiro da Cunha, ciente das especificidades das Forças Armadas, assim como da riqueza de seus conflitos internos, centra suas análises na presença histórica de uma facção genericamente denominada pelo autor como “esquerda”, desde a Proclamação da República em 1889, até 1964, com a instauração do regime autoritário civil-militar em 31 de março. Nada mais atual. Esta segunda edição, revista e ampliada, vem acrescida de um “Preâmbulo” inédito. Nele, o autor, ancorado na sua larga perspectiva histórica, foca o papel assumido pelos militares no governo Bolsonaro.
Paulo Ribeiro da Cunha é doutor em Ciências Sociais (Unicamp) e livre docente em Ciência Política da Unesp - câmpus de Marília. Atualmente desenvolve o Pós-Doutorado no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
É realmente bom para a democracia que os militares fiquem longe da política? Ou seria melhor reconhecer que as forças políticas estão tão presentes nos meios militares quanto nos demais setores da sociedade? Nesta obra, Paulo Ribeiro da Cunha assume uma posição polêmica ao defender que se reconheça e legitime a presença histórica da esquerda nas Forças Armadas Brasileiras. Ele analisa o longo período de militância dos militares de esquerda no país, dividindo-o entre a fase da “insurreição” – do fim do século XIX, com os “republicanos radicais”, até 1945 – e a fase de intervenção dos militares nas grandes causas nacionais, que se estende até 1964.
Concebido como um jogo dramático, o poder costuma utilizar meios espetaculares quando deseja marcar sua entrada na história. Este livro, ao estudar o varguismo no Brasil e o peronismo na Argentina, mostra como esses governos seguiram o figurino das comemorações e festas cívico-esportivas realizadas na Itália e na Alemanha. A produção de imagens, a manipulação de símbolos e a sua organização em um quadro cerimonial são estudadas dentro de um cenário de autoritarismo, política de massas e teatralização. O mito da unidade nacional e a figura de um líder atrelado às massas mascaram assim as divisões e os conflitos existentes na sociedade.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas por meio do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.
As nuanças da história de Portugal continuam, em grande parte, desconhecidas do público brasileiro. Uma situação que José Tengarrinha procura modificar com a organização desta coletânea que reúne historiadores brasileiros e portugueses. As análises vão da formação da nacionalidade portuguesa no medievo ao processo de descolonização que se seguiu à Revolução dos Cravos. Não falta aqui o estudo do quadro de influências recíprocas entre o desenvolvimento histórico de Portugal e do Brasil. 2ª edição - revista e ampliada.
Arte e vida, natureza e cultura não se separam neste livro, fruto de anos de convívio de Lalada Dalglish com as mulheres ceramistas do Vale do Jequitinhonha. Em imagens e palavras, com grande sensibilidade, a autora apresenta o cotidiano e a obra dessas artesãs, que há gerações vêm transmitido às filhas e netas os segredos da cerâmica, ocupação ancestral, misteriosa e sagrada.