De Briançon ao Rio de Janeiro
"Livreiros do Novo Mundo: De Briançon ao Rio de Janeiro" conta a aventura de alguns comerciantes franceses dessa região que se tornaram livreiros em Portugal, no século XVIII, onde ocuparam posição de destaque no universo do livro. Dois deles continuaram a atividade no Brasil, quando o país estava entrando na modernidade, entre 1808 e 1828. Eles foram protagonistas do nascente mercado do livro e da imprensa, vetores da transmissão de conhecimentos e ideias. Ilustrada com documentos raros, que dão suporte ao texto, esta obra permite descobrir e compreender como tais homens, na condição de precursores, participaram da evolução histórica desse grande país.
Autor deste livro.
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Este livro aborda o tema da imigração italiana em São Paulo, do ponto de vista da inserção dos imigrantes no meio urbano, a fim de entender as práticas sociais que foram postas em ação nos encontros entre eles e a sociedade hospedeira, buscando compreender os caminhos possíveis que esses dois segmentos buscaram estabelecer nos diálogos entre si, por meio de discursos que visavam a fixar novas identidades e, conseqüentemente, a reordenação do social.
Este livro estuda a gênese do romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, com base em crônicas publicadas pelo autor sob o pseudônimo de Belmiro Borba, nos jornais mineiros A Tribuna e O Estado de Minas, entre os anos 1933 e 1935.
Este livro inscreve-se em uma perspectiva pouco usual nos estudos sobre as mulheres na história. Susani Silveira Lemos França não se propõe revisitar os documentos produzidos pelos viajantes cristãos em direção ao Oriente, entre os séculos XIII e XV, com a finalidade de desvelar a opressão de gênero ou as desigualdades das relações entre os sexos. Sem tirar o inquestionável mérito das investigações que desnudaram o papel social da mulher ao longo da história, este trabalho tem a particularidade – e nisso está sua principal virtude – de explorar os potenciais dos simbolismos dos sexos em uma perspectiva não essencialista. O objeto principal da obra são justamente as nuances do olhar do homem cristão sobre mulheres observadas de longe, por vezes, até com indiferença. A autora lembra historiadores como Georges Duby e Christiane Klapisch-Zuber, os quais, ao investigarem as mulheres medievais, acabaram por saber mais sobre os homens daquela época, uma vez que eram eles que construíam a narrativa sobre o sexo oposto. Susani Silveira Lemos França acrescenta, porém, uma complexidade nesse entendimento: o que o discurso dos homens cristãos pôde revelar quando tratou das mulheres de terras remotas? A partir de contraposições e paralelos, surge assim uma narrativa que explora os significados dos relatos construídos pelos viajantes sobre mulheres que, embora não lhes fossem próximas, eram descritas a partir do conhecimento daquelas de suas terras. Os relatos analisados cobrem um amplo espectro geográfico – da China ao norte da África, por exemplo – e temporal, mas o que se investiga neles não são suas dessemelhanças, e sim aquilo que os unifica, sua constância: o referencial da mesma fé cristã. Daí que, em Mulheres dos outros, a singularidade de cada relato de viagem importe menos que as recorrências, pois estas compõem uma narrativa dos valores partilhados e das fórmulas bem aceitas no fim da Idade Média.
Desde que existe, o homem prevê, afirma o historiador francês. Apesar de universal, a predição adquire diferentes formas ao longo da história da humanidade, passando por adivinhações, profecias, astrologias, utopias e futurologias. Ela não é neutra ou passiva. Corresponde a uma intenção, um desejo ou um temor. Sua importância não é a exatidão, mas seu papel de terapia social ou individual e o reflexo no presente. Nesse sentido, a revela a mentalidade e a cultura de uma sociedade. Ao fazer sua história, o autor busca contribuir para a história das civilizações, analisando seus desdobramentos na religião e na política.
Neste livro, o olhar arguto e global de Georges Minois traz ao leitor contemporâneo uma súmula das concepções de inferno que acompanharam as principais civilizações humanas. Veremos também que, mesmo em face do declínio das crenças tradicionais e da Igreja católica, dos questionamentos à ideia de inferno dentro dos próprios ambientes eclesiásticos, o conceito ainda se faz presente e relevante, como se a história do inferno fosse também a história do homem confrontado com sua própria existência.