Questões para a historiografia da educação latino-americana
Prêmio Abeu 2023: 2º colocado na categoria Ciências Humanas Este livro lança luzes sobre os mecanismos utilizados para a construção de um conceito de raça de perspectiva eurocêntrica, que privilegia presumidas diferenças biológicas, no território latino-americano. Investiga o papel da educação nesse processo, desvelando a relação entre modelos econômicos e educacionais na manutenção e institucionalização do desequilíbrio social e da exclusão.
Cynthia Greive Veiga é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Possui graduação em História (1982) e mestrado em Educação (1987) pela mesma universidade, bem como doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e pós-doutorado pelo departamento de História da Universidade de São Paulo (2003).
Implantado em 1998 no ensino fundamental da rede estadual, o regime de progressão continuada visava solucionar problemas educacionais do Brasil como a repetência e a evasão escolar. Com o projeto de prover ao aluno reforços, além dos modelos de recuperação paralela e recuperação intensiva, este regime acabava por tentar resolver a questão do acesso à escola sem se preocupar com a qualidade efetiva do ensino. Isso é o que procura mostrar, neste livro, a autora Debora Cristina Jeffrey. Aqui ela retrata os ciclos e a progressão escolar no Brasil, utilizando como amostra mais específica o caso do regime de progressão continuada em São Paulo. Após essa análise do sistema educacional no estado, a autora parte, em um segundo momento, para o estudo de caso realizado na Escola Esperança. Através de entrevistas realizadas com docentes desta unidade, a obra procura mostrar as expectativas e dilemas desses profissionais quanto à implantação do regime. O livro abarca principalmente o período de transição desse modelo, entre os anos de 1998 e 2004, na tentativa de tomar como lição essa experiência de modo a vislumbrar novas metodologias que sirvam à educação brasileira.
Casos de confrontos entre marxistas e anarquistas são abundantes. Eventualmente, resgatam-se histórias de colaboração e convergência. Besancenot e Löwy vão além: querem, sob o signo da I Internacional, salientar a solidariedade histórica entre militantes anticapitalistas de todas as vertentes. Descrevendo a trajetória dos movimentos sociais da Comuna de Paris aos nossos dias, discutem ecossocialismo, planificação, federalismo, democracia direta e a relação sindicato/partido. Trata-se de uma obra sensível, entremeada pela esperança de que o futuro seja construído com cores vermelhas e negras.
Universidade em transformação: Lições das crises é uma obra que contribui para o debate dos grandes desafios das universidades públicas brasileiras, sob a ótica do sistema universitário público paulista. Contém reflexões oportunas, particularmente no contexto de celebração dos trinta anos da conquista da autonomia universitária pelas universidades estaduais paulistas.
Estudo de avaliação dos impactos causados pela instalação da UNESP nos municípios. Bovo demonstra o funcionamento da universidade como fator de dinamismo econômico e social, além de sua transformação em pólo prestador de serviços à comunidade, principalmente na área de saúde.
Tema candente nos principais debates contemporâneos, os direitos humanos têm aqui um inovador e surpreendente estudo sobre sua fundamentação histórica. Onde residem suas raízes: teria a tradição judaico-cristã lhes dado origem? Ou seriam eles uma invenção do iluminismo?