Efetividade e segurança no tratamento de pacientes oncológicos
"Ainda que produtos à base de plantas (PBPs) sejam amplamente utilizados pela população, faltam informações seguras e orientações adequadas sobre sua utilização como recurso terapêutico. É preciso conhecer mais sobre preparo e manuseio corretos, posologia, indicações, possíveis interações medicamentosas e regulamentação dos PBPs, pois o uso associado de determinados fitoterápicos a tratamentos convencionais pode aumentar os riscos de efeitos adversos medicamentosos (EAM).
Nesse sentido, é grande a relevância desta obra, pois as organizadoras reuniram aqui um completo material de apoio sobre produtos à base de plantas associados ao tratamento de pacientes oncológicos, oferecendo importantes informações e orientações para profissionais e estudantes de graduação da área de saúde que objetivam promover o uso efetivo e seguro de PBPs."
Graduada em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Geografia pela mesma instituição, e doutorado e pós-doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É professora da Unifesp, onde coordena o Centro de Estudos Etnobotânicos e Etnofarmacológicos (CEE), atuando na área de plantas e animais utilizados com fins alimentares, medicinais e/ou tóxicos, com indicação de potenciais bioativos e avaliação dos riscos à saúde pública envolvidos em seu uso. Desenvolve ainda projetos na área de zoofarmacognosia e manejo tradicional na perspectiva da etnobotânica participativa.
Graduada em Farmácia pelas Faculdades Oswaldo Cruz (FOC), especialista em Farmácia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP) e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Atua como professora do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAr) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Araraquara, atuando na área de Farmácia Social, com os temas: assistência farmacêutica, legislação farmacêutica e deontologia, farmácia clínica e hospitalar, farmacovigilância e uso racional de medicamentos.
Este livro analisa questões relacionadas à farmacovigilância num contexto histórico – traça um panorama acerca do assunto que abrange da antiguidade ao Brasil atual, abordando facetas como reações adversas a medicamentos, erros de prescrição, desvios de qualidade e suspeitas de inefetividade de medicamentos. Além de análises, a obra traz propostas para a implantação de um serviço diferenciado de farmacovigilância. A ideia de que tratamentos médicos possuem reações adversas que devem ser evitadas, mostra o livro, vem de longo tempo. Na Antiguidade, o Código de Hammurabi, conjunto de leis escritas da Babilônia, de 2.200 a.C., já previa punição ao médico causasse a morte de um paciente – ele teria as mãos amputadas. Já Hipócrates (460-370 a.C.), considerado o “pai da medicina” postulava: “primeiramente não causar danos”. E o médico e filósofo Galeno (131-201) advertia contra os perigos das prescrições mal-escritas e obscuras. De acordo com a pesquisa, teria sido feito na Grã-Bretanha o primeiro registro de Reação Adversa a Medicamentos (RAM), em 1848. Desde essa época, a vigilância e a fiscalização sobre esses produtos têm se tornado cada vez mais intensas em todo o mundo, inclusive com forte atuação da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, legislação relacionada às reações adversas a medicamentos existe desde a década de 1970. A primeira data de 1976 e, entre outras providências, submete à vigilância sanitária medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos, assim como cosméticos e saneantes, entre alguns outros produtos. Hoje, o governo brasileiro exige que os detentores de registro de medicamentos gerenciem os riscos dos produtos.
O objetivo principal das notificações de incidentes em saúde não é culpabilizar os recursos humanos envolvidos nos erros. Sua função primordial visa ao aprendizado, ou seja, conhecer as fragilidades dos processos e, por conseguinte, desempenhar ações de gerenciamento e mitigação de riscos. Tem, sobretudo, a finalidade de prevenir agravos à condição clínica dos usuários, por causa da caracterização e, até mesmo, dos quase-erros ou near misses. Este livro apresenta uma proposta de educação continuada para programas que visem à implementação da cultura de segurança de pacientes em serviços de saúde, com o intuito de promover habilidades e competências em notificações espontâneas de incidentes em saúde. Trata-se de uma bibliografa complementar, com abordagem multidisciplinar para os cursos de graduação e pós-graduação da área de Farmácia, Enfermagem, Medicina, entre outras especialidades. Um dos objetivos deste livro é contribuir com os programas de educação continuada dos serviços em saúde, em todos os níveis de atenção e complexidade.
Nenhum outro assunto obteve tanta projeção nos meios de comunicação, sejam eles leigos ou especializados, nos últimos anos como o Projeto Genoma Humano (PGH). É esse projeto de pesquisa biológica que se encontra no centro de gravidade deste livro, que busca analisar o motivo e a forma pela qual as tecnologias da vida desencadearam tanta comoção. A tese central do autor é que tal comoção só se explica pela mobilização retórica e política, nas interfaces com a esfera pública leiga, de um determinismo genético crescentemente irreconciliável com os resultados empíricos obtidos no curso da própria pesquisa genômica.
Este trabalho estuda a trajetória político-institucional da Saúde Pública no Estado de São Paulo, no período de 1889 a 1978. A indagação de fundo se dirige às determinações das raízes do processo histórico que levou à implantação da Saúde Pública como área de atuação específica no interior do aparato estatal.
O autor estuda a saúde pública na Primeira República, combinando elementos da história social do período com informações sobre o cotidiano das populações. As ações sanitárias aparecem como estreitamente vinculadas aos processos políticos que caracterizam o Brasil da República Velha. A implantação dos serviços sanitários é vista como dependente do padrão oligárquico e clientelista, vigente tanto no Estado de São Paulo quanto no município.