O objetivo principal das notificações de incidentes em saúde não é culpabilizar os recursos humanos envolvidos nos erros. Sua função primordial visa ao aprendizado, ou seja, conhecer as fragilidades dos processos e, por conseguinte, desempenhar ações de gerenciamento e mitigação de riscos. Tem, sobretudo, a finalidade de prevenir agravos à condição clínica dos usuários, por causa da caracterização e, até mesmo, dos quase-erros ou near misses. Este livro apresenta uma proposta de educação continuada para programas que visem à implementação da cultura de segurança de pacientes em serviços de saúde, com o intuito de promover habilidades e competências em notificações espontâneas de incidentes em saúde. Trata-se de uma bibliografa complementar, com abordagem multidisciplinar para os cursos de graduação e pós-graduação da área de Farmácia, Enfermagem, Medicina, entre outras especialidades. Um dos objetivos deste livro é contribuir com os programas de educação continuada dos serviços em saúde, em todos os níveis de atenção e complexidade.
Celsa Raquel Villaverde Melgarejo é graduada em Farmácia-Bioquímica e mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), com ênfase em Segurança do Paciente. Atua como farmacêutica hospitalar e clínica de instituições privadas e flantrópicas sem fns lucrativos. Participou como membro do Núcleo de Segurança do Paciente e Subnúcleo da Medicação Segura da Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, exercendo atividades de farmacovigilância e tecnovigilância.
Graduada em Farmácia pelas Faculdades Oswaldo Cruz (FOC), especialista em Farmácia Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP) e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Atua como professora do Departamento de Fármacos e Medicamentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAr) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Araraquara, atuando na área de Farmácia Social, com os temas: assistência farmacêutica, legislação farmacêutica e deontologia, farmácia clínica e hospitalar, farmacovigilância e uso racional de medicamentos.
Fabiana Rossi Varallo é graduada em Farmácia-Bioquímica, especialista em Saúde Pública, mestre e doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) com período sanduíche na Universidade de Aveiro, Portugal. Atua como professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto.
Este livro analisa questões relacionadas à farmacovigilância num contexto histórico – traça um panorama acerca do assunto que abrange da antiguidade ao Brasil atual, abordando facetas como reações adversas a medicamentos, erros de prescrição, desvios de qualidade e suspeitas de inefetividade de medicamentos. Além de análises, a obra traz propostas para a implantação de um serviço diferenciado de farmacovigilância. A ideia de que tratamentos médicos possuem reações adversas que devem ser evitadas, mostra o livro, vem de longo tempo. Na Antiguidade, o Código de Hammurabi, conjunto de leis escritas da Babilônia, de 2.200 a.C., já previa punição ao médico causasse a morte de um paciente – ele teria as mãos amputadas. Já Hipócrates (460-370 a.C.), considerado o “pai da medicina” postulava: “primeiramente não causar danos”. E o médico e filósofo Galeno (131-201) advertia contra os perigos das prescrições mal-escritas e obscuras. De acordo com a pesquisa, teria sido feito na Grã-Bretanha o primeiro registro de Reação Adversa a Medicamentos (RAM), em 1848. Desde essa época, a vigilância e a fiscalização sobre esses produtos têm se tornado cada vez mais intensas em todo o mundo, inclusive com forte atuação da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, legislação relacionada às reações adversas a medicamentos existe desde a década de 1970. A primeira data de 1976 e, entre outras providências, submete à vigilância sanitária medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos, assim como cosméticos e saneantes, entre alguns outros produtos. Hoje, o governo brasileiro exige que os detentores de registro de medicamentos gerenciem os riscos dos produtos.
"Ainda que produtos à base de plantas (PBPs) sejam amplamente utilizados pela população, faltam informações seguras e orientações adequadas sobre sua utilização como recurso terapêutico. É preciso conhecer mais sobre preparo e manuseio corretos, posologia, indicações, possíveis interações medicamentosas e regulamentação dos PBPs, pois o uso associado de determinados fitoterápicos a tratamentos convencionais pode aumentar os riscos de efeitos adversos medicamentosos (EAM).
Nesse sentido, é grande a relevância desta obra, pois as organizadoras reuniram aqui um completo material de apoio sobre produtos à base de plantas associados ao tratamento de pacientes oncológicos, oferecendo importantes informações e orientações para profissionais e estudantes de graduação da área de saúde que objetivam promover o uso efetivo e seguro de PBPs."
Resultado de uma pesquisa que pretendia obter subsídios para a formação e orientação de pessoal envolvido na assistência aos pacientes soropositivos, o livro foi escrito a partir de uma série de entrevistas com profissionais da saúde de diferentes categorias. A pesquisa respeitou a diversidade de situações em três espaços distintos na estrutura hospitalar: unidades ambulatoriais, de isolamento e cirúrgicas. Assim, a diversidade interna à questão do atendimento de soropositivos não foi negligenciada.
Sem a pretensão de esgotar o tema, a proposta deste livro é percorrer as estruturas, as dinâmicas e o funcionamento dos planos e seguros de saúde no país. Procura-se assim esclarecer, tanto para o profissional da saúde quanto para o público em geral, algumas das típicas complexidades desses serviços, cada vez mais presentes em nossa vida diária.
Dar a vida e cuidar da vida mostra a ligação do feminismo com as Ciências Sociais ao enfocar, entre outros tópicos, a emergência das questões feministas e o conceito de saúde reprodutiva na Sociologia. Além desses temas, são verificadas abordagens voltadas para diferenças ou deigualdades em assuntos como maternidade, contracepção, aborto, tecnologias reprodutivas e cuidados com a saúde.