(Oliveira Vianna & companhia)
Para oferecer uma perspectiva crítica em que se pensa o mundo contemporâneo de forma lúcida e clara, Evaldo Vieira retorna aos escritos de Francisco José de Oliveira Vianna para desnudar o pensamento autoritário brasileiro. Ao se debruçar sobre a concepção de Estado Corporativo de Oliveira Vianna, escreve um importante capítulo da história das ideologias políticas no Brasil, analisando as intenções e o alcance de um discurso de civismo pedagogo e edificador da nação.
Evaldo Vieira estudou Direito, Ciências Sociais e Letras; é doutor em Ciência Política pela USP e professor titular da FEUSP. Foi professor titular na Unicamp e na PUC-SP; é tradutor, colaborador em jornais, revistas e obras coletivas e, além de Autoritarismo e corporativismo no Brasil, é autor dos livros Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio a Geisel (Cortez Editora), O que é desobediência civil (Editora Brasiliense), A República brasileira: 1964-1984 (Editora Moderna), Democracia e política social (Cortez Editora/Autores Associados), Sociologia da educação (Editora FTD), Poder político e resistência cultural (Autores Associados) e Os direitos e a política social (Cortez Editora). É também coordenador da Coleção Maurício Tragtenberg (Editora Unesp).
Este livro trata do descobrimento do Brasil e a vida dos indígenas aqui encontrados por Cabral. Escrito em linguagem acessível e amplamente ilustrado, apresenta ao público infantil uma instigante introdução ao trabalho do arqueólogo.
Diplomata, historiador, político e jornalista, o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior, Rio de Janeiro, RJ, 1845-1912) é uma das figuras nacionais mais importantes quando se pensa em relações internacionais. Ao estar envolvido em diversas negociações sobre fronteiras, teve papel de destaque na configuração de uma política internacional adaptada às necessidades do Brasil do final do século XIX. Este livro mostra facetas mais pessoais de um homem que teria preparado o terreno para uma aproximação mais estreita do Brasil com as repúblicas hispano-americanas e com os Estados Unidos. O biógrafo constrói o perfil do Barão graças à intensa pesquisa e ao mergulho no arquivo do Itamarati e nas correspondências ativa e passiva disponíveis de uma personalidade recatada e, por isso, difícil de ser conhecida.
Como os historiadores utilizam a teoria social? E os teóricos sociais, como eles empregam a História? Com uma linguagem clara e vigorosa, Peter Burke nos oferece aqui algumas respostas de longo alcance para essas questões que se apresentam aparentemente simples, mas que engendram profundas e, por vezes, contraditórias repercussões nas ciências humanas. O clássico texto, agora revisado e atualizado em sua segunda edição, analisa a relação entre o campo de conhecimento dos historiadores e o dos cientistas sociais — antropólogos, sociólogos, psicólogos, geógrafos etc. —, bem como as tentativas de convergência empreendidas nas últimas décadas.
O pensamento capitalista é estudado neste livro como um universo repleto de complexidades e inquietações. No mundo medieval, por exemplo, de acordo com a Igreja Católica, as atividades econômicas constituíam um meio para a salvação espiritual do homem. O lucro, como um fim em si mesmo, era visto como irracional. A disposição de submeter o "eu" a fins extra-humanos, econômicos, que tornam a acumulação do capital o principal objetivo do homem, é tratada na obra. Ocorre, assim, a subordinação a fins e propósitos próprios do sistema capitalista de produçao, vinculado aos ensinamentos de Calvino e Lutero, que prepararam psicologicamente o indivíduo para o papel que desempenha na sociedade capitalista atual.
Obra indispensável e singular na crítica da administração, proporciona subsídios para a compreensão do capitalismo contemporâneo. De leitura proveitosa a todos que valorizam o trabalho humano, o autor apresenta uma análise crítica do papel das grandes corporações no mercado – eixo da grande reorganização do capitalismo após a crise econômica mundial dos anos 1970. Aborda: a nova exploração do trabalho que mudou as formas disciplinares do capitalismo; a internacionalização da economia na tendência da condução das políticas governamentais; as atividades artísticas e culturais por meio do mecenato; a decisão sobre os rumos da pesquisa científica, o trabalho e suas teorias participativas, como a cogestão, ideologia que procura encobrir novas práticas de exploração, incidindo sobre a criatividade social da classe trabalhadora; a questão do ser político do trabalhador que as políticas de Recursos Humanos das empresas querem subjugar e neutralizar, recorrendo à psicologia e à sociologia, que buscam reduzir o político ao psicológico.