A base inicial do trabalho que se segue foi formada pelos ensaios sobre a delimitação das Ciências Humanas, sobre a conexão estrutural do saber, sobre o vivenciar e o compreender, apresentados em público por mim durante muitos anos na Academia das Ciências. A última apresentação de um desses ensaios remonta ao dia 20 de janeiro de 1910. Entre eles, o ensaio sobre a conexão estrutural do saber tem por base o texto acerca da conexão estrutural psíquica, que foi lido por mim no dia 2 de março de 1905 e impresso no relatório da sessão do dia 16 de março. Esse ensaio não pôde ser senão resumido e completado aqui sucintamente. Entre os ensaios não impressos que foram inseridos no presente trabalho, o que trata da delimitação das Ciências Humanas foi simplesmente reproduzido e os ensaios sobre o vivenciar e o compreender foram ampliados. De resto, aquilo que está aqui apresentado articula-se com as minhas preleções sobre lógica e sobre o sistema da filosofia.
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Desde a questão do grau de autonomia e permeabilidade do desenvolvimento científico em relação a outras esferas de valores da vida social, Fourez indaga sobre a interferência da política, da economia e da cultura na produção do paradigma científico. É o desenvolvimento da ciência contemporânea que aparece, então, articulado, valendo-se de uma rede de múltiplas interações.
Neste artigo escrito em 1786, Kant examina o momento em que o homem passa do estado de rudeza animal para o de ser racional e social. Usando como guia o relato bíblico da queda de Adão, estabelece que a ruptura entre o instinto e a razão marca o começo da história humana. O filósofo salienta a especificidade do conceito de homem e faz da história uma maneira de pensar a humanidade de um ponto de vista universal e cosmopolita, entendendo a liberdade como o começo e a condição do progresso moral.
Coleção de ensaios que retratam o "novo diálogo entre ciência e religião" reunidos, representando algo pioneiro: acrescentando uma preocupação didática à profundidade na apresentação. Obra cujo objetivo é construir pontes entre a religião e a ciência, reúne autores de várias religiões, culturas, contextos científicos e geográficos engajados em construir tais pontes com mútuo enriquecimento. Fruto de anos de um esforço concentrado, conduzido por centenas de pessoas ao redor do mundo (inclusive América Latina), de um trabalho interdisciplinar tanto no seio de universidades e seminários como também de paróquias, escolas e outros fóruns públicos.
Este volume reúne os mais importantes artigos de Alfred Tarski, que formula claramente o problema que deseja resolver: apresentar uma definição materialmente adequada e formalmente correta da expressão 'sentença verdadeira', o que já constitui uma reformulação bastante particular do problema da verdade, e especifica as condições nas quais tal problema pode receber uma solução, isto é, as noções fundamentais da teoria, como o famoso esquema T, e as especificidades da linguagem formal para a qual é possível tal definição de sentença verdadeira. Após especificar a linguagem do cálculo de classes, o autor apresenta sua definição de sentença verdadeira para essa linguagem formalizada, discute o conceito de sentença verdadeira para linguagens de ordem finita e infinita, com extensos comentários, mas também com demonstrações que requerem conhecimento de lógica clássica.
A paisagem sonora – termo cunhado pelo próprio R. Murray Schafer – é nosso ambiente sonoro, o sempre presente conjunto de sons, agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, ouvidos ou ignorados, com os quais vivemos. Do zumbido das abelhas ao ruído da explosão, esse vasto compêndio, sempre em mutação, de cantos de pássaros, britadeiras, música de câmara, gritos, apitos de trem e barulho da chuva tem feito parte da existência humana. A afinação do mundo é uma exploração pioneira da paisagem sonora: uma tentativa de descobrir como era ela no passado, de analisar e criticar o modo como é hoje, de imaginar como será no futuro.