O autor aborda a teoria política de Thomas Hobbes (1588-1679) não simplesmente como um sistema geral de ideias, mas também como uma intervenção polêmica nos conflitos ideológicos de seu tempo, dentro de uma concepção em que as palavras são consideradas atos. Nesse sentido, é possível captar que tipo de influência os textos de Hobbes podem ter exercido no período em que foram escritos. O livro realiza uma avaliação não meramente do que Hobbes diz, mas do que ele faz ao propor seus argumentos. As abstratas obras de teoria política não são, nesse aspecto, vistas nas alturas filosóficas, mas como um universo de alusões em que é possível identificar aliados e adversários concretos e um posicionamento no espectro do debate político. Isso permite estudar as cambiantes opiniões sobre a liberdade do filósofo inglês.
Quentin Skinner é um historiador britânico, conhecido como um dos principais integrantes da Escola de Cambridge. No Brasil, teve publicados também "Maquiavel - Pensamento Político", "Razão e Retórica na Filosofia de Hobbes", este último também pela editora Unesp.
Este ensaio de um dos mais destacados historiadores do mundo inicia-se procurando recuperar e justificar a teoria neo-romana dos cidadãos livres e dos Estados livres como ela se desenvolveu no início da Inglaterra moderna, e termina com uma poderosa defesa da natureza, propósitos e metas da história intelectual e da história das idéias.
Este notável trabalho de Quentin Skinner desenvolve uma reavaliação radical da teoria política hobbesiana. Fazendo uso de um número impressionante de fontes manuscritas e impressas, Skinner alicerça uma leitura inteiramente nova do desenvolvimento intelectual de Hobbes e reexamina a passagem da cultura humanista para a científica no pensamento político e moral europeu. Ergue-se, assim, uma peça essencial para a intelecção da obra de um dos mais difíceis, influentes e desafiadores filósofos políticos.
Neste livro, Schopenhauer refina o debate a respeito da liberdade humana. A verdadeira questão se revela quando nos questionamos se aquilo que queremos seria condicionado por algo ou se surgiria de forma completamente independente e desvinculada daquilo que constitui nossa experiência. Podemos fazer o que queremos? Será livre o próprio querer?
Uma profunda reflexão sobre a natureza da justiça, da liberdade e do governo ideal, pelo maior dos oradores romanos Sobre a República é um texto atemporal sobre o bem comum, convidando o leitor a uma profunda reflexão sobre a natureza da justiça, da liberdade e do governo ideal. Através de um diálogo vibrante entre personagens históricos, Cícero nos leva a questionar os fundamentos da vida política e a buscar a melhor forma de organização social.
O caráter polêmico e a relevância da obra de David Hume são indisputáveis. Neste livro, discute-se a visão do filósofo sobre a teoria do conhecimento e da ciência, além de tópicos mais particulares, mas nem por isso menos cruciais, como sua crítica ao finalismo, sua relevância para a leitura de Freud e a tese humeana, retomada por Quine, da continuidade entre conhecimento comum e teórico.