Crônicas de Machado de Assis – Manassés
Ao reunir crônicas da Seção “História de quinze dias”, posteriormente rebatizada “História de trinta dias”, da revista Ilustração Brasileira, esta edição traz ao público a amostra vivenciada de um Império tropical obcecado pelos padrões culturais e intelectuais europeus. A genialidade do Machado de Assis cronista constrói retrato poderoso desse país peculiar, oscilante entre a esforços modernizadores e a incipiência cultural e econômica.
Machado de Assis (Joaquim Maria M. de A.), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.A obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875), e o parnasianismo em Ocidentais (1901). Paralelamente, apareciam as coletâneas de Contos fluminenses (1870) e Histórias da meia-noite (1873); os romances Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), considerados como pertencentes ao seu período romântico. A partir daí, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos maiores autores da literatura de língua portuguesa.
Sílvia Maria Azevedo é mestre e doutora em Letras pela USP, respectivamente nas áreas de Literatura Portuguesa e Teoria Literária e Literatura Comparada. É professora livre-docente em Teoria Literária na Unesp.
Machado de Assis esteve na vanguarda da crítica literária brasileira, numa época em que ainda não se estabelecera um cânone literário nacional. Este volume reúne textos de sua obra crítica extraídos de jornais da época, revistas e primeiras edições, muitos deles nunca publicados em livro.
No início de fevereiro de 1912, Portugal d’agora, um novo livro do festejado escritor João do Rio, impresso em Paris em fins do ano anterior, com crônicas sobre Portugal, foi exposto no estabelecimento do livreiro e editor Garnier, localizado na Rua do Ouvidor.
Publicadas originalmente em jornais, as crônicas acabaram ficando com problemas de edição e discrepâncias na edição original em livro. Após minucioso trabalho de pesquisa e cotejo, as organizadoras deste volume logram disponibilizar enfim ao leitor os textos em seu estado integral e livres de erros, em crônicas que mostram um João do Rio em sua melhor forma.
Quando morre o filósofo louco Quincas Borba, ele deixa ao ingênuo amigo Rubião a totalidade de suas posses, com uma única condição: Rubião deve cuidar de seu cachorro, que também se chama Quincas Borba, e que poderia ter assumido a alma do filósofo morto. Rico, Rubião segue então para o Rio de Janeiro e mergulha em um mundo onde é cada vez mais difícil separar a fantasia da realidade.
Além da originalidade da abordagem do tema e das contribuições para a área da Educação, em especial para os campos da história da alfabetização e da história da educação, destaca-se a relevância deste livro para a compreensão desses processos históricos e sua relação com o presente. É um instigante convite a pesquisadores da história da alfabetização e áreas afins, professores e estudantes de graduação e pós-graduação, alfabetizadores e demais professores e gestores da educação básica para a reflexão sobre as práticas pedagógicas de leitura e escrita, visando a retomada de respostas e à formulação de outras perguntas e propostas para o enfrentamento dos persistentes problemas da alfabetização e da educação em nosso país.
Ao adotar seu pseudônimo, George Sand havia decidido se tornar uma escritora profissional. História da minha vida é uma das obras mais importantes da autora, cuja edição inaugural se deu em 1856, por intermédio de Michel Lévy Frères, Libraires-Editeurs, Paris, em dez volumes. Sand escreveu sua autobiografia de 15 de abril de 1847 a 14 de junho de 1855, com alguns intervalos na redação dos originais. A obra causou surpresa tanto pela originalidade do fazer autobiográfico pouco confessional quanto pela história contada, a qual não se referia a seus amores em particular, mas sim delineava entre o mundo real e o ficcional as suas lembranças pessoais, calcadas no leitmotiv de que “tudo é história”. Nesse impactante empreendimento, a autora defendeu uma espécie de teoria da simplicidade, deixando-se levar pelos mecanismos da memória, para depois então editar o seu resultado.