No início de fevereiro de 1912, Portugal d’agora, um novo livro do festejado escritor João do Rio, impresso em Paris em fins do ano anterior, com crônicas sobre Portugal, foi exposto no estabelecimento do livreiro e editor Garnier, localizado na Rua do Ouvidor.
Publicadas originalmente em jornais, as crônicas acabaram ficando com problemas de edição e discrepâncias na edição original em livro. Após minucioso trabalho de pesquisa e cotejo, as organizadoras deste volume logram disponibilizar enfim ao leitor os textos em seu estado integral e livres de erros, em crônicas que mostram um João do Rio em sua melhor forma.
João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, foi um jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro.
Sílvia Maria Azevedo é mestre e doutora em Letras pela USP, respectivamente nas áreas de Literatura Portuguesa e Teoria Literária e Literatura Comparada. É professora livre-docente em Teoria Literária na Unesp.
Tania Regina de Luca é graduada em História (1981), mestre em História Social (1989) e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (1996). É professora livre-docente em História do Brasil Republicano (2009) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Foi editora da Revista Brasileira de História (ANPUH, 1999-2001) e da revista História (Programas de Pós-Graduação em História da Unesp/Assis e Franca). Atua principalmente nos seguintes temas: historiografia, história social da cultura, história da imprensa, história dos intelectuais, construção dos discursos em torno da nação e do nacionalismo. Entre outras obras, publicou A Revista do Brasil – Um diagnóstico para a (N)ação (Editora Unesp, 1999) e Leituras, projetos e (re)vista(s) do Brasil (1916-1944) (Editora Unesp, 2011).
Este livro trata de uma das mais importantes publicações brasileiras do início do século, de sua origem em 1916 até o fim de sua fase principal em 1925. A autora analisa A Revista do Brasil não apenas como fato editorial, mas como veículo de divulgação das propostas da intelectualidade no período, cuja influência foi decisiva na determinação dos rumos da construção nacional.
Ao ensejo do ano da França no Brasil, este livro reúne artigos que analisam a presença de imigrantes franceses em território brasileiro. Ao trabalhar extensivamente questões relativas às modalidades de instalação, inserção profissional e social, torna-se elemento precioso e inédito no campo de pesquisa da emigração/imigração francesa no Brasil nos séculos XIX e XX.
Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
O livro aborda a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo dfe produção dos impressos e em sua estrutura interna, a distribuição e a natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e a especialização do jornalista, a segmentação dos periódicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e as novas tecnologias.
Ao reunir crônicas da Seção “História de quinze dias”, posteriormente rebatizada “História de trinta dias”, da revista Ilustração Brasileira, esta edição traz ao público a amostra vivenciada de um Império tropical obcecado pelos padrões culturais e intelectuais europeus. A genialidade do Machado de Assis cronista constrói retrato poderoso desse país peculiar, oscilante entre a esforços modernizadores e a incipiência cultural e econômica.