Porta de entrada para o estudo da filosofia quineana, De um ponto de vista lógico reúne nove ensaios, entre os quais figura o indispensável “Dois dogmas do empirismo”, artigo que deu fama internacional a Quine e é, ainda hoje, um dos trabalhos mais discutidos na tradição da filosofia analítica.
Willard Van Orman Quine (1908-2000) foi filósofo e importante pensador pertencente à tradição da filosofia analítica, se destacando justamente por questionar os dogmas dessa linha de estudo. Foi professor de filosofia e matemática na Universidade de Harvard, onde foi titular da Cadeira de Filosofia Edgar Pierce de 1956 a 1978.
Escritos entre 1930 e 1933 por Karl Popper, os ensaios que compõem esta obra, até agora inédita em português, precedem e dão origem ao clássico A lógica da pesquisa cientifica. No livro, o filósofo identifica os dois problemas fundamentais queestão igualmente na base dos problemas clássicos e modernos da teoria doconhecimento – o da “indução” e o da “demarcação” – e busca reduzi-los a um único problema. Debruçado sobre o “problema da indução”, que se refere à validade ou à justificação das proposições universais das ciências empíricas, Popper pergunta: “Enunciados factuais, que se baseiam na experiência, podem ser válidos universalmente? É possível saber mais do que se sabe?”. E, voltando-se ao “problema da demarcação”, concernente ao critério de demarcação científica, questiona: “Como se pode, em caso de dúvida, decidir se temosdiante de nós uma proposição científica ou ‘apenas’ uma afirmação metafísica?Quando uma ciência não é uma ciência?”. Essa última não é questão meramente de definição (“O que é ciência?”), mas envolve o centro do que se deve entender como o saudável método científico, aquele procedimento responsável pelo impressionante progresso da ciência empírica. Este livro representa, enfim e acima de tudo, uma nova tentativa de soluçãodessas questões cruciais e entrelaçadas da metodologia e teoria da ciência, paralelamente à eliminaçãodos pressupostos não percebidos e não examinados que levaram à aparente insolubilidade dos problemas da indução e demarcação.
As conferências e os comentários reunidos neste volume se concentram nas obras de filósofos e cientistas sociais que estão marcados de um modo particular por seus contextos históricos. As duas últimas contribuições tematizam os próprios contextos.
Esta obra discorre sobre o problema da vinculação entre pensamento (ou linguagem) e realidade tal como ele é formulado e discutido por Ludwig Wittgenstein, especificamente em sua produção filosófica a partir da década de 1930. Antonio Segatto examina o modo como o filósofo concebe aquilo que chamou de “harmonia entre pensamento e realidade” e como enfrenta as questões que giram em torno dela.
Obra que trata da "nova lógica" no desenvolvimento da filosofia da linguagem e de modelos formais de larga aplicação na inteligência artificial. Seus autores desenvolvem o cálculo proposicional a partir de uma linguagem natural, respeitando os princípios de Aristóteles para a lógica, culminando no estudo da validade de inferências lógicas; introduzem o sistema formal do cálculo proposicional; estudam algumas propriedades do sistema; apresentam a álgebra dos conjuntos que caracteriza um outro sistema booleano; estudam os silogismos aristotélicos; mostram como se pode caminhar com a lógica, envolvendo em um único sistema formal as concepções lógicas tratadas no livro e a adequação deste sistema para a matemática contemporânea; discorrem sobre a amplidão de possibilidades de investigações lógicas atualmente; e introduzem noções básicas dos sistemas fuzzy ou lógica fuzzy. Abordam, também, a particular relevância do papel da lógica em meio ao mais presente e revolucionário dos desenvolvimentos tecnológicos contemporâneos: a computação.
Neste livro, Jacques Rancière propõe uma poética do saber: um estudo do conjunto dos procedimentos literários pelos quais um discurso se subtrai da literatura, dá a si mesmo um status de ciência e significa-o. A poética do saber se interessa pelas regras segundo as quais um saber se escreve e se lê como um discurso específico. Ela procurar definir o modo de verdade ao qual ele se destina.