Escritos entre 1930 e 1933 por Karl Popper, os ensaios que compõem esta obra, até agora inédita em português, precedem e dão origem ao clássico A lógica da pesquisa cientifica. No livro, o filósofo identifica os dois problemas fundamentais queestão igualmente na base dos problemas clássicos e modernos da teoria doconhecimento – o da “indução” e o da “demarcação” – e busca reduzi-los a um único problema. Debruçado sobre o “problema da indução”, que se refere à validade ou à justificação das proposições universais das ciências empíricas, Popper pergunta: “Enunciados factuais, que se baseiam na experiência, podem ser válidos universalmente? É possível saber mais do que se sabe?”. E, voltando-se ao “problema da demarcação”, concernente ao critério de demarcação científica, questiona: “Como se pode, em caso de dúvida, decidir se temosdiante de nós uma proposição científica ou ‘apenas’ uma afirmação metafísica?Quando uma ciência não é uma ciência?”. Essa última não é questão meramente de definição (“O que é ciência?”), mas envolve o centro do que se deve entender como o saudável método científico, aquele procedimento responsável pelo impressionante progresso da ciência empírica. Este livro representa, enfim e acima de tudo, uma nova tentativa de soluçãodessas questões cruciais e entrelaçadas da metodologia e teoria da ciência, paralelamente à eliminaçãodos pressupostos não percebidos e não examinados que levaram à aparente insolubilidade dos problemas da indução e demarcação.
Karl Popper (1902-1994), austríaco radicado no Reino Unido, foi um dos principais filósofos do século XX, tendo se destacado sobretudo no estudo da filosofia da ciência. É autor de A lógica da pesquisa científica (1934) e A miséria do historicismo (1936), entre outras obras. Seu livro Os dois problemas fundamentais da teoria do conhecimento foi publicado pela Editora Unesp em 2013.
Porta de entrada para o estudo da filosofia quineana, De um ponto de vista lógico reúne nove ensaios, entre os quais figura o indispensável “Dois dogmas do empirismo”, artigo que deu fama internacional a Quine e é, ainda hoje, um dos trabalhos mais discutidos na tradição da filosofia analítica.
As conferências e os comentários reunidos neste volume se concentram nas obras de filósofos e cientistas sociais que estão marcados de um modo particular por seus contextos históricos. As duas últimas contribuições tematizam os próprios contextos.
O mundo de Parmênides é uma exploração brilhante da complexidade do pensamento grego antigo por um dos principais filósofos do século XX. Evidencia-se aí a grandeza da filosofia pré-socrática e a substantiva dívida de Popper para com a leitura de Parmênides, Xenófanes e Heráclito.
Esta obra discorre sobre o problema da vinculação entre pensamento (ou linguagem) e realidade tal como ele é formulado e discutido por Ludwig Wittgenstein, especificamente em sua produção filosófica a partir da década de 1930. Antonio Segatto examina o modo como o filósofo concebe aquilo que chamou de “harmonia entre pensamento e realidade” e como enfrenta as questões que giram em torno dela.
O mundo de Parmênides é uma exploração brilhante da complexidade do pensamento grego antigo por um dos principais filósofos do século XX. Evidenciam-se aí a grandeza da filosofia pré-socrática e a substantiva dívida de Popper para com a leitura de Parmênides, Xenófanes e Heráclito.