Este livro brinda o leitor não apenas com reflexões sobre vinhos e refeições que os complementam. Vai além. Trata-se de uma coletânea de artigos que celebram a "arte do bem viver", refletida na paixão do autor por vinhos, gastronomia e, inclusive, cerveja e café. Num caleidoscópio de temas – que vão da Lei Seca norte-americana dos anos 1930 à Lei Seca venezuelana dos anos 2000, passando por Carlos Gardel e Jeca Tatu –, não existia matéria desinteressante para Sergio de Paula Santos. Em alguns artigos, o escritor divide espaço com o doutor, colocando em pauta problemas de saúde pública como alcoolismo, contaminação de alimentos e tabagismo.
Sergio de Paula Santos (1930-2010) foi médico otorrinolaringologista formado na Faculdade de Medicina da USP. Posteriormente se especializou no estudo do vinho, se tornando cronista gastronômico e escritor de livros sobre o assunto.
Peter Burke em A arte da conversação oferece uma importante contribuição aos estudos de história social da linguagem, um domínio relativamente novo que vem provocando um vivo debate interdisciplinar. Toma como ponto de partida os trabalhos dos sociolingüistas e procura entender as transformações da língua à luz do estudo da sociedade, tratando a língua como uma parte inseparável da História Social.
Catulo, Propércio, Tibulo, Ovídio, goliardos da Antiguidade clássica, são recriados nestas páginas através da extraordinária visão de Paul Veyne, que estabelece o vínculo crítico em que o amor e a poesia produzem uma estilização da vida cotidiana e a revestem de brilho e intensidade.
A Revolução no México e suas figuras exponenciais, como Emiliano Zapata, têm destaque no imaginário popular. Sua longevidade e a popularidade de seus ideais expõem circunstâncias históricas distintivas que definem a trajetória do país desde finais do século XIX. Mas a pujança dos anseios igualitários que se entrelaçavam com esses movimentos transcende fronteiras e ainda hoje inspira o mundo. Tão viva quanto a memória revolucionária mexicana é o reconhecimento de sua relevância e complexidade e a intensa disputa interpretativa que enseja.
Laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1952, como reconhecimento ao seu trabalho humanitário, Albert Schweitzer perpassa neste relato os primeiros anos como médico e missionário em Lambaréné, cidade do atual Gabão. Suas experiências na selva nos aproximam, assim, de um homem que abriu mão de sua posição de professor e renomado musicista na Alemanha para se aventurar no desconhecido em plena época colonialista. Este livro reapresenta para o público brasileiro uma trajetória humanista de valor universal e sem paralelo.
Uma das principais figuras do marxismo contemporâneo, o historiador inglês Perry Anderson, defende aqui a atualidade de pensar a política valendo-se da história. Sua estratégia é reunir ensaios de alguns dos mais conhecidos autores contemporânoes que abordaram tal relação. O resultado é uma coletânea com nomes como Norberto Bobbio Max Weber, Ernest Gellner, Carlo Ginsburg e Fernand Braudel.