Poucos são os estudos mais aprofundados sobre a produção de Lima Barreto, um dos expoentes da literatura brasileira do início do século XX e autor de obras clássicas como Triste fim de Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos. Mas esta pesquisa do inglês Robert John Oakley, professor de português e espanhol da Universidade de Birmingham, se diferencia por ir além da análise das muitas obras do autor, entre narrativas longas, contos, sátiras e crônicas. Ao destrinchar a trajetória literária de Lima Barreto, Oakley baseia-se nos resultados da pesquisa sobre as pouco investigadas leituras do autor, e revela que textos como O que é a arte?, de Tolstoi, Os heróis, de Thomas Carlyle, e autores como Herbert Spencer e Henry Maudsley, serviram muito para desenvolver sua concepção da prática da escrita e do papel da literatura. Neste livro, o leitor poderá ter acesso a uma visão mais ampla do pensamento barretiano.
Robert Oakley licenciou-se em estudos franceses, hispânicos e luso-brasileiros pela Universidade de Birmingham, onde se doutorou e lecionou durante 31 anos. Publicou vários estudos sobre o teatro barroco espanhol e na área de literatura portuguesa e brasileira.
Nesta obra, Paulo Franchetti reúne alguns de seus textos sobre o ensino da literatura, atividade a que se dedicou durante seu percurso como professor no ensino médio e na universidade. Durante esse tempo, Franchetti interrompia as aulas de língua para ler para seus estudantes contos de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Ernest Hemingway, crônicas de Rubem Braga, Fernando Sabino e outros textos de vários outros gêneros e escritores. Em todos os casos, o professor priorizava a leitura expressiva, pausada, apenas com observações pontuais sobre vocabulário ou sintaxe ou com repetição de algum trecho que julgava importante. Depois, abria espaço para o comentário e a conversa sobre o lido e o ouvido. Essa leitura em voz alta era o ponto central de qualquer aula dele; até mesmo quando o objeto era um texto crítico. Essa maneira de ensinar literatura despertou no autor reflexões importantes sobre sua atuação em sala de aula como professor: para quem ensinava? E que preparação oferecia àqueles estudantes que seriam professores de ensino médio ou estudantes de pós-graduação? Essas e outras questões são tratadas neste volume, em que o leitor encontrará também uma reflexão sobre a questão da avaliação do mérito nas humanidades e suas consequências para o ensino de literatura e um ponto de vista mais testemunhal de Franchetti, na entrevista que encerra este volume.
Neste livro, Eagleton analisa a relação da literatura com a história, a política, a filosofia e a crítica, revelando como a obra literária se torna um campo de batalha para a luta de ideias, valores e ideologias, sendo muito mais que um reflexo da realidade: a literatura é um espaço de contestação, de questionamento e de reinvenção do mundo.
Desde sua tese de doutorado, Da fronteira do asfalto aos caminhos da liberdade, a questão da predominância da capital angolana na literatura desse país africano tem estado no centro das preocupações do trabalho de Tania Macêdo e tem sido objeto de vários textos que buscaram dar conta do "mundo rico de sugestões" que é a Luanda da escrita. E a esse mundo a autora retorna neste livro em que apresenta, organizado sob a forma de um texto único, o resultado de reflexões levadas a efeito desde os anos 1990, com uma nova redação e uma nova perspectiva.
Segundo Jakobson, “o ‘formalismo’, etiqueta vaga e desconcertante que os difamadores lançaram para estigmatizar toda análise da função poética da linguagem, criou a miragem de um dogma uniforme e consumado”. O presente livro traz a público as traduções feitas por Todorov de ensaios dos principais integrantes da chamada escola “formalista” russa, para que os leitores possam tecer suas próprias análises a respeito dessa vertente analítica.
A obra apresenta artigos científicos correspondentes a algumas das comunicações de resultados de pesquisa apresentadas no Simpósio "Travessias: o leitor, a leitura e a literatura", realizado durante o IX Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada-ABRALIC, em Porto Alegre, no ano de 2004. Os textos sublinham a importância da discussão e da reflexão sobre os caminhos percorridos pela criação literária, considerando aspectos tanto de sua produção como de sua circulação e recepção.