Falácia ou eficácia?
Em um trabalho contundente para a formação e os cuidados da infância, Luciano Antonio Furini reúne esforços para mostrar como é possível integrar redes sociais, assistência social à criança e ao adolescente e representações sociais. Isso sem ignorar a necessidade de unir teoria e prática, esferas pública e privada, para encontrar maneiras de criar um sistema realmente viável. Para chegar a esse panorama geral, o pesquisador parte da situação no município de Presidente Prudente, em São Paulo, utilizando-o como amostra. Assim, o autor reflete sobre como é preciso mudar a concepção de que crianças carentes são uma ameaça e conclui que é preciso humanizar os espaços de proteção a esses indivíduos, de maneira a melhorar sua socialização.
Luciano Antonio Furini é geógrafo, doutor em Geografia pela Unesp no campus de Presidente Prudente e professor do Departamento de Geografia da mesma instituição no campus experimental de Ourinhos. Membro da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe) e do Grupo de Pesquisa sobre Processos e Dinâmicas Territoriais (DiTer/Unesp).
Eduardo Marques faz, neste livro, o resgate necessário da sociabilidade, questão central para a compreensão das condições de pobreza urbana no Brasil, indo além das explicações ditadas por dinâmicas econômicas sistêmicas e por categorias macrossociológicas. Ao incorporar tanto a estrutura quanto a mobilização cotidiana das redes, constrói uma explicação relacional de médio alcance para a reprodução da pobreza que acaba por delimitar os mecanismos sociais associados às redes. Trata-se de um trabalho referencial tanto para a pesquisa acadêmica quanto para a construção das políticas públicas de corte social.
O trabalho de Antônio Marques do Vale propoe-se a detectar o lugar da educação no conjunto da produção intelectual do ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros), entidade surgida efetivamente em 1955, com o fim de formular uma concepção da realidade social brasileira. O objetivo do trabalho é estudar somente os cinco autores "históricos", os que, provindos do anterior Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política (IBESP), estiveram presentes desde o primeiro momento da fundação do ISEB, exatamente os que foram escolhidos para diretor executivo e para dirigir departamentos. Eram eles: Roland Cavalcanti de Albuquerque Corbisier, Álvaro Vieira Pinto, Cândido Antônio Mendes de Almeida, Hélio Jaguaribe Gomes de Matos e Alberto Guerreiro Ramos.
Como os historiadores utilizam a teoria social? E os teóricos sociais, como eles empregam a História? Com uma linguagem clara e vigorosa, Peter Burke nos oferece aqui algumas respostas de longo alcance para essas questões que se apresentam aparentemente simples, mas que engendram profundas e, por vezes, contraditórias repercussões nas ciências humanas. O clássico texto, agora revisado e atualizado em sua segunda edição, analisa a relação entre o campo de conhecimento dos historiadores e o dos cientistas sociais — antropólogos, sociólogos, psicólogos, geógrafos etc. —, bem como as tentativas de convergência empreendidas nas últimas décadas.
O reino da liberdade começa com a redução da jornada de trabalho. Esse pensamento de Karl Marx é o mote do presente livro. Neste volume, acompanhamos a história da luta operária pela jornada de oito horas, que teve como resultado uma progressiva redução do tempo de trabalho ao longo de todo o século XX, e entendemos por que essa conquista se encontra ameaçada. Com o alvorecer do século XXI, é o reino da não liberdade que se expande com incrível furor, o que torna premente o retorno dessa pauta para a luta dos trabalhadores de todo o mundo.
Publicado originalmente em 1981, Teoria da ação comunicativa reúne em seus dois vastos volumes os esforços sistemáticos que Habermas empreendeu por mais de dez anos para fundamentar uma teoria crítica da sociedade que pudesse justificar e explicar seus parâmetros críticos, partindo de seu próprio objeto, as sociedades modernas capitalistas.