Eduardo Marques faz, neste livro, o resgate necessário da sociabilidade, questão central para a compreensão das condições de pobreza urbana no Brasil, indo além das explicações ditadas por dinâmicas econômicas sistêmicas e por categorias macrossociológicas. Ao incorporar tanto a estrutura quanto a mobilização cotidiana das redes, constrói uma explicação relacional de médio alcance para a reprodução da pobreza que acaba por delimitar os mecanismos sociais associados às redes. Trata-se de um trabalho referencial tanto para a pesquisa acadêmica quanto para a construção das políticas públicas de corte social.
Mestre em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e doutor em Ciências Sociais (IFCH/Unicamp). É professor livre-docente do Departamento de Ciência Política (DCP/USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).
Por que, como e por quem são feitas modificações no formato das políticas que regem a cidade? Com a participação de quais atores – internos e externos ao Estado – e com que debate público e conhecimento dos cidadãos? De que forma essas mudanças seguem racionalidades técnicas e/ou interesses específicos e particularistas? Quais elementos, atores e processos influenciam a produção das políticas nas cidades em uma direção ou em outra? Este livro persegue respostas a pergunta como essas, analisando as políticas públicas responsáveis pela construção, pela manutenção e pelo funcionamento da maior metrópole brasileira e sul-americana – São Paulo – desde a redemocratização.
Este livro, organizado por Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria, reúne dez ensaios com o objetivo de construir um diálogo multidisciplinar sobre políticas públicas. Escritos por especialistas em diversos campos do conhecimento, os textos oferecem ao leitor uma análise diversificada sobre o estudo das ações do Estado neste início de século.
Este livro apresenta uma análise da dimensão política da organização do processo de trabalho da Estrada de Ferro Sorocabana, num período caracterizado pela introdução de práticas racionais e científicas, em sua estrutura técnica e administrativa. A preocupação em recuperar as experiências vividas cotidianamente pelos ferroviários, em suas relações sociais no espaço do trabalho, vinculou-se à hipótese sobre a existência de uma luta política no cotidiano do processo produtivo
Nascido em Berlim em 1915 e vivendo nos Estados Unidos desde 1940, Albert O. Hirschman é um dos maiores economistas da atualidade. Neste livro, publicado originalmente na Itália, ele narra sua riquíssima biografia e faz um apanhado de suas idéias a partir das perguntas formuladas por três entrevistadores. Tendo deixado a Alemanha aos dezoito anos, fez seus estudos universitários na França e, em seguida, na Inglaterra e na Itália. Militante antifascista, esteve no front durante a Guerra Civil Espanhola e, mais tarde, alistou-se no exército francês, ajudando a expatriar os perseguidos políticos da França ocupada pelos alemães. Obrigado a partir para os Estados Unidos, tornou-se voluntário de guerra americano, primeiro na África e depois na Itália. Finda a guerra, lecionou em algumas das maiores instituições universitárias americanas, de Yale à Columbia University, de Harvard ao Institute for Advanced Studies de Princeton.
O autor, um dos fundadores do Partido do Trabalho da atual Rússia, descreve as mudanças que vêm ocorrendo naquele país, depois do advento da perestroika e da glasnost. Fornecendo informações e análises objetivas sobre essa situação, mostra como a velha nomenklatura se transforma na nova burguesia russa.