Os significados da experiência escolar para jovens de periferias urbanas
Licinia Maria Correa realiza análise de peso sobre a qualidade da educação no país. Ela parte da própria percepção que os jovens têm da escola, investigando o valor que atribuem às instituições de ensino, ao mesmo tempo em que confronta a relação, por vezes antagônica, entre alunos e professores. O retrato que a autora faz do ambiente escolar é pautado nos depoimentos colhidos junto a jovens ligados à ONG Projeto Meninos e Meninas de Rua (PMMR). Por meio da observação participante nas aulas e de entrevistas individuais e coletivas, a autora traça um panorama da condição desses jovens, que são residentes dos subúrbios de São Bernardo do Campo. A partir desse rico conteúdo, que dá voz aos participantes do processo de ensino, Licinia desenvolve uma análise sócio-histórica da instituição escolar, de sua constituição e dos conflitos sociais que a atravessaram, evidenciando os mecanismos sutis de produção do fracasso escolar. Trabalho maiúsculo e obrigatório para todos os profissionais de educação.
Formada em Pedagogia, mestre em Psicologia Social e doutora em Educação Escolar pela Unesp, campus de Araraquara. Atuou como educadora social no Projeto Meninos e Meninas de Rua, de São Bernardo do Campo (SP) e participa do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua. É professora universitária desde 1997 e ensina atualmente na Faculdade de Educação da Unversidade Federal de Minas Gerais.
O autor busca refletir sobre a força da lealdade à palavra dada, valor que, para algumas pessoas, determina julgamentos frequentemente contrários aos deveres e a qualquer outro valor moral necessário à existência da sociedade.
O tema da reflexividade tornou-se hoje central para a análise social. A visão de Ulrich Beck da sociedade de risco tem tido grande repercussão ao relacionar a modernização reflexiva com as novas concepções de Estado de organização política. Giddens desenvolve um exame das relações entre a reflexividade institucional e a destradicionalização do mundo moderno. Lash desenvolve o tema da modernização reflexiva no domínio da estética e da crítica cultural.
Este trabalho a respeito de punks conta com elementos de antropologia, história, sociologia, psicologia, geografia, filosofia e com estudos de identidade cultural. Resultado do contato e do envolvimento do autor com o grupo pesquisado numa convivência por sete meses, explora conteúdos geográficos existentes na memória e no imaginário social de jovens brasileiros engajados em movimentos culturais. Uma contribuição da geografia para o estudo dos punks que também reforça o debate dos novos rumos da geografia brasileira, na perspectiva dos sujeitos sociais.
As investigações reunidas neste volume, orientadas predominantemente de um ponto de vista histórico, destinam-se a desenvolver uma teoria crítica da sociedade projetada com um propósito prático e a delimitar seu status diante de teorias de outra proveniência.
A Coreia do Norte é comumente retratada no Ocidente de forma caricatural. Difunde-se a imagem de um regime fechado, à beira do colapso, irracional, que oprime um povo faminto enquanto investe fortunas em um projeto nuclear megalomaníaco. Perdem-se, nessas representações caricatas e eivadas de objetivos políticos, tanto o contato com a real configuração do regime norte-coreano, de impressionantes conquistas socioeconômicas, quanto as complexidades que caracterizaram todo o processo revolucionário e continuam a tensionar o sudeste asiático.