Neste livro, Anderson Luis Camelucci procura caracterizar as especificidades da propaganda republicana no município de Franca, procurando evidenciar como as características do republicanismo local contribuíram para moldar as experiências de República nesse período. O autor realiza uma discussão sobre as relações e/ou as linhas de ação política traçadas pelos partidos políticos constituídos no município e esboça o perfil político da elite dirigente de Franca na última década do Império, a fim de avaliar tanto o "terreno" político em que a propaganda republicana se desenvolveu no município, como a adesão dos políticos locais ao novo regime. Camelucci demonstra também como grupos "marginalizados" e "dissidentes" da política local, por intermédio dos jornais Tribuna da Franca e Cidade da Franca, criticaram o "modelo" de República então vigente, e em quais momentos a imprensa local, principalmente o jornal O Francano, saiu em "defesa" desse regime.
Possui graduação (2004) e mestrado (2009) em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: História; Segundo Reinado e República Velha.
O que significou o advento da República para as relações internacionais do Brasil? Com base nesse problema, Clodoaldo Bueno procura mostrar quais foram os interesses nacionais que passaram a sensibilizar os novos dirigentes e quais as tensões internacionais com que se defrontaram. Além disso, o historiador procura especificar a natureza das transformações sociais e econômicas que induziram a uma reorientação de nossa política exterior.
No início do século XX, a zona Araraquarense (atual Noroeste Paulista) passou por um grande desenvolvimento econômico, cultural e social, em virtude do fluxo de imigrações, o que mudou em pouco tempo os padrões daquela sociedade. Em meio a esse turbilhão, passaram a circular diversos jornais produzidos regionalmente, que retrataram todas as novidades desse período e os estilos de vida que emergiam. Com base nesses textos antigos, duas importantes temáticas foram pesquisadas e tratadas nesta obra: a contraditória apropriação feminina dos espaços públicos, que naqueles tempos ganhava grande publicidade, e a preservação da educação, assistência e ordenação das crianças do sertão.
Emília Viotti da Costa, professora e historiadora, analisa os diversos momentos que definiram a modalidade de instauração do Brasil republicano. Ao esclarecer as coordenadas dessa passagem, a autora desvela as causas da fraqueza das instituições democráticas e da ideologia liberal, em uma tentativa de compreender as raízes do processo de marginalização de amplos setores da população brasileira.
Diplomata, historiador, político e jornalista, o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior, Rio de Janeiro, RJ, 1845-1912) é uma das figuras nacionais mais importantes quando se pensa em relações internacionais. Ao estar envolvido em diversas negociações sobre fronteiras, teve papel de destaque na configuração de uma política internacional adaptada às necessidades do Brasil do final do século XIX. Este livro mostra facetas mais pessoais de um homem que teria preparado o terreno para uma aproximação mais estreita do Brasil com as repúblicas hispano-americanas e com os Estados Unidos. O biógrafo constrói o perfil do Barão graças à intensa pesquisa e ao mergulho no arquivo do Itamarati e nas correspondências ativa e passiva disponíveis de uma personalidade recatada e, por isso, difícil de ser conhecida.
Este livro, uma continuação da análise iniciada em Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1970, mostra como passamos de uma década (a de 1970) de intenso crescimento, para um longo período de baixo crescimento, incerteza, desemprego, valorização cambial e neoliberalismo, que debilitaram fiscal e financeiramente o Estado, desmantelando as instituições de planejamento e constrangendo a política econômica e como esse processo degenerativo afetou a macroeconomia regional, desfazendo a maior parte de suas estruturas institucionais e constrangendo a política de desenvolvimento regional.