Antologia de textos 1591-1808
A construção do Brasil na literatura de viagem dos séculos XVI, XVII e XVIII consolida os resultados das investigações empreendidas por Jean Marcel, nas duas últimas décadas, sobre o tema. Com uma alternância entre diários de viagens e reflexões críticas, o autor nos apresenta a construção do Brasil, narrada pelo ponto de vista de estrangeiros de várias nacionalidades e diferentes classes sociais.
Jean Marcel Carvalho França é doutor em Estudos LIterários pela UFMG e professor de História do Brasil Colonial na Unesp. Autor, entre outros livros, de Mulheres viajantes no Brasil; A construção do Brasil na literatura de viagem nos séculos XVI, XVII e XVIII; Diário de uma viagem da Baía de Botafogo ao sul do Brasil (1810), de William Henry May; Viagem ao Rio. Cartas da juventude de Edouard Manet (1848-1849); Literatura e sociedade no Rio de Janeiro oitocentista; e Imagens do negro na literatura brasileira.
Dentro de uma perspectiva de considerar a diversidade de temas e de formas de reabilitação e de revalidação da atual História Política, este livro concentra seu foco no âmbito jurídico-político. Parte de interdisciplinaridade entre História, Direito Constitucional, Filosofia do Direito, Teoria Geral do Estado, Filosofia e Ciência Política para analisar a Constituição de 10 de novembro de 1937.
O lançamento do romance O primo Basílio, de Eça de Queirós, constituiu um verdadeiro fato histórico, no Brasil de fins do século XIX. Despertou, especialmente na capital do Império, um debate acalorado, do qual participaram vários escritores de peso, entre os quais Machado de Assis. Este livro examina as leituras críticas da obra, publicadas na imprensa brasileira logo após seu aparecimento, definindo as perspectivas estéticas vigentes na cultura letrada e fazendo uma edição critica dos documentos da época. Procura reconstruir a maneira como o debate ocorreu, como se processou a interlocução e como os argumentos se responderam mutuamente, já que os críticos, além de interpretar o romance, buscavam rebater os pontos de vista de seus opositores.
Busca compreender a presença japonesa em Pereira Barreto, município localizado na região Noroeste paulista, a partir de suas relações com os não japoneses. O estudo mostra que o limite entre ser ou não nipo-brasileiro é extremamente mutável. O diálogo entre as duas culturas envolve um mundo de relações simbólicas e práticas em constante mutação, que tem a sua origem na implantação de uma colônia japonesa na região, em 1920.
Este livro parte do registro das impressões de viajantes estrangeiros e das classes subalternas para traçar um panorama das práticas e dos mecanismo de luta social no Brasil do século XIX. Nesse período, segundo o autor, essas classes não haviam ainda incorporado a noção de propriedade e a ética do trabalho capitalista e expressavam, em suas manifestações culturais, geralmente criticas e bem-humoradas, os primeiros sinais populares de busca de cidadania no país.
Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 1960, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.