Em uma linguagem acessível mesmo para aqueles que não são estudantes da área, esta obra introduz o leitor, gradativamente, nos meandros da Economia, para desmistificar o excessivo caráter “técnico” que muitos lhe pretendem dar e para desnudá-la, o quanto possível, como um conjunto de regras e possibilidades, mutáveis no tempo e no espaço, que podem ser (e em geral são) administradas pela política.
Este livro procura ampliar o espírito crítico dos estudantes, lembrando, não só a eles como também a alguns de seus mais jovens docentes, que este ainda é um país subdesenvolvido – e não apenas injusto.
Wilson Cano é doutor em Ciências Econômicas pela Unicamp, onde é professor titular. Membro vitalício do conselho curador da Fundação Economia de Campinas e consultor da Fapesp. É autor de Desequilíbrios regionais e concentração industrial e Soberania e política econômica na América Latina, ambos publicado pela Unesp, entre vários outros títulos.
Este livro, uma continuação da análise iniciada em Desequilíbrios regionais e concentração industrial no Brasil 1930-1970, mostra como passamos de uma década (a de 1970) de intenso crescimento, para um longo período de baixo crescimento, incerteza, desemprego, valorização cambial e neoliberalismo, que debilitaram fiscal e financeiramente o Estado, desmantelando as instituições de planejamento e constrangendo a política econômica e como esse processo degenerativo afetou a macroeconomia regional, desfazendo a maior parte de suas estruturas institucionais e constrangendo a política de desenvolvimento regional.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas por meio do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto. Tal análise será desenvolvida em perspectiva estritamente sociológica, no nível de sociologia do conhecimento, isto é, do estudo da causa social das teorias de administração ideológicas.
O livro A Revolução Russa, de Maurício Tragtenberg, publicado pela primeira vez em 1988, poucos meses antes do desmoronamento da URSS, tem um sentido premonitório: dotado de alta força crítica, percorre os caminhos e descaminhos daquela sociedade, desde a gênese do czarismo, anterior à Revolução de 1917, passando pelos longos, difíceis e tortuosos períodos que configuraram a processualidade russa, até chegar às vésperas de seu definhamento. Escrito em linguagem límpida, mas sem perder a complexidade dos problemas, dada a enorme erudição, da qual Maurício Tragtenberg era uma das nossas mais vivas expressões.
Neste livro fundamental, a autora demonstra que a abolição dos escravos no Brasil representou apenas uma etapa na liquidação da estrutura colonial, mas golpeou duramente a velha classe senhorial e coroou um processo de transformações que se estendeu por toda a primeira metade do século XIX. Tal processo prenunciava a transição da sociedade senhorial para a empresarial, do trabalho escravo para o assalariado, da monarquia para a República.
Concebido como um jogo dramático, o poder costuma utilizar meios espetaculares quando deseja marcar sua entrada na história. Este livro, ao estudar o varguismo no Brasil e o peronismo na Argentina, mostra como esses governos seguiram o figurino das comemorações e festas cívico-esportivas realizadas na Itália e na Alemanha.
A produção de imagens, a manipulação de símbolos e a sua organização em um quadro cerimonial são estudadas dentro de um cenário de autoritarismo, política de massas e teatralização. O mito da unidade nacional e a figura de um líder atrelado às massas mascaram assim as divisões e os conflitos existentes na sociedade.