“A página que tem vocação de imortalidade pode atravessar o fogo das erratas, das versões aproximativas, das leituras distraídas, das incompreensões, sem deixar a alma à prova.” Rubáiyát é uma dessas raras obras que subscrevem a frase emblemática de Jorge Luis Borges. Seus versos, escritos pelo persa Omar Khayyám no início do século XI, permanecem, e ressurgem em versões e traduções que portam sua narrativa peculiar e universal.
Umar Ibn Ibráhim Al Khayyámi ou simplesmente Omar Khayyám nasceu na cidade de Nishapur, na província persa do Khorassão em 18 de maio de 1048, de acordo com um horóscopo feito por ele mesmo e descoberto por um pesquisador hindu em 1941. Seu sobrenome, Khayyám, significa “fabricante de tendas” e alude à profissão de seu pai. Foi considerado um dos mais eminentes filósofos e matemáticos de seu tempo e produziu trabalhos importantes, como o tratado de álgebra avançada sobre o cálculo das raízes n de um número determinado. Teria falecido em 1131, aos 83 anos.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
Grande expoente do chamado Parnasianismo brasileiro, Olavo Bilac também teve notável atividade jornalística, na qual sobressaiu especialmente sua veia satírica. Em estilo mais leve que aquele adotado na parcela de sua produção que o celebrizou, produziu textos de caráter multifacetado e que ora são resgatados em edição cuidadosa empreendida por Alvaro Simões Junior. Neste título reúnem-se poemas satíricos que Bilac publicou, principalmente em periódicos, de 1887 a 1905. Os textos estão distribuídos de acordo com a forma adotada: poemas herói-cômicos, esquetes, sonetos, odes, crônicas, canções, fábula e epigramas. Em alguns casos, os versos estão "emoldurados" por trechos em prosa, pois Bilac às vezes os divulgava no bojo das crônicas que publicava a intervalos regulares por compromisso profissional. O livro traz uma seção para as crônicas versificadas, ou seja, para textos que, apesar das rimas e do ritmo regular, realizaram o comentário bem-humorado dos fatos cotidianos, como é próprio da crônica.
A crítica literária e a lingüística têm nos textos literários um grande desafio. Diversas correntes deixam de lado o texto propriamente dito e colocam em primeiro plano outras ciências, como a sociologia, a história e a psicologia. Lingüista da Universidade de Reims, França, o autor valoriza o papel do leitor como receptor. Entende, portanto, o ato da leitura como um momento em que o prazer estético, obtido pelas relações entre forma e conteúdo, transporta o fruidor a uma outra realidade, criada pelo poder da palavra.
Nova edição do romance "O cromo", de Horácio de Carvalho, publicado originalmente em 1888 e considerado uma das narrativas mais características do movimento naturalista na literatura brasileira. A obra conta a história de Ester, jovem culta e bela que sofre de sintomas de uma doença psicológica, e da relação que se desenvolve entre ela e o médico responsável por seu tratamento, dr. Lins Teixeira.
Em 1923, Paris foi palco de uma notável presença de artistas modernistas brasileiros, muitos dos quais haviam participado da Semana de Arte Moderna de 1922. Vicente do Rego Monteiro, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Villa-Lobos destacaram-se em eventos culturais prestigiados. Entre 1923 e 1924, Oswald de Andrade, Sérgio Milliet e Emiliano Di Cavalcanti enviaram crônicas ao Brasil, agora reunidas neste volume, que inclui textos inéditos. Além disso, especialistas de diversas áreas oferecem uma visão abrangente da influência brasileira em Paris, explorando a interação com vanguardistas europeus e a consolidação do modernismo.