Herbert Marcuse (1898-1979) obteve nos anos 1960 uma popularidade para além do meio acadêmico. Filósofo de formação, participou do Instituto de Pesquisas Sociais, conhecido como “Escola de Frankfurt”, colaborando para o projeto da teoria crítica da sociedade junto com Max Horkheimer e Theodor Adorno. Os estudos sobre Marcuse sofreram uma espécie de “eclipse” nos anos 1980, mas foram retomados no final dos 1990. A organização de uma Sociedade Internacional Herbert marcuse (IHMS) e, 2002 colaborou para agregar pesquisadores e estudiosos de Marcuse e da teoria crítica. O objetivo não é tanto a mera interpretação teórica da obra de Marcuse, mas sua atualização crítica frente à realidade do tempo presente. No Brasil, desde os anos 2000, houve um aumento no interesse por Marcuse. Este livro inclui-se nesse processo e visa colaborar para o entendimento e a compreensão da teoria crítica marcusiana. Sua intenção é mostrar o caráter filosófico da obra de Marcuse e, ao mesmo tempo, o significado de filosofia pra ele. Percorre-se a questão ontológica, a perspectiva marxista e a influência psicanalítica.
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Partindo das concepções filosóficas distintas de Hannah Arendt e Hebert Marcuse, Maria Ribeiro do Valle nos oferece amplo subsídio para o aprofundamento da questão sobre o uso da violência para a transformação da sociedade. A autora busca os fundamentos epistemológicos que nortearam as reflexões de Arendt e Marcuse sobre contestação estudantil nos anos 1960 – resgatando, neste percurso, o pensamento de Tocqueville, Hegel e Marx –, e detalha os posicionamentos teóricos e políticos dos dois pensadores. O resultado é um reflexão que, além de colocar a questão social no centro do problema politico, possibilita pensar criticamente o mundo contemporâneo.
Rorty e Habermas estão entre os mais importantes intelectuais e filósofos e são, provavelmente, aqueles que têm maior público, dentro e fora das universidades. Entrevistas e artigos seus aparecem em jornais e revistas de grande circulação, e seus livros são traduzidos e publicados pelo mundo afora. Neste livro, Habermas e Rorty debatem e dialogam, entre si, sobre suas concepções mais gerais e, em especial, sobre filosofia, cultura, razão e política, num confronto que envolve posições de outros importantes pensadores, de ontem e de hoje, como Apel e os "pós-modernos" franceses, como Dewey e Wittgenstein, como Heidegger e Nietzsche, como Hegel e Kant. Suas concepções tratam de levar em conta os desenvolvimentos mais recentes da filosofia, em relação a temas como valores, linguagem, verdade e conhecimento.
Esta coletânea de textos analisa os aspectos centrais da produção de John Searle, um dos mais destacados intelectuais norte-americanos contemporâneos que tem se notabilizado por sua inovadora contribuição à Filosofia da Linguagem. Composto por doze ensaios, o volume discute o legado de sua obra e propõe abordagens inovadoras para questões da área.
Em que consiste, afinal, o hegelianismo de Marx? O presente livro estuda as reverberações da Lógica de Hegel em Marx, privilegiando alguns momentos particularmente marcados pelo hegelianismo no livro I de O capital, para em seguida empreender um sobrevoo dos três tomos, em busca de uma caracterização da dialética hegeliana e da marxiana.
Roland Omnès procura identificar, neste livro, novas bases para uma reflexão sobre a ciência, que se apresentem sólidas e fecundas. Perfaz um longo percurso pela História da Ciência e indica os princípios a que a ciência chegou hoje, permitindo-nos restaurar o senso comum e ao mesmo tempo estabelecer seus limites e os limites de alguns princípios de Filosofia que dele decorrem.