Para além da separação cuidar-educar
A autora investiga as razões que influenciaram a construção do binômio cuidar-educar e apresenta maneiras de superá-lo, segundo propostas de pesquisadores brasileiros e portugueses. A obra demonstra que as concepções de criança, propagadas pelos modelos dominantes de formação de professores, guiam a prática pedagógica vigente. E conclui que apenas uma renovação do entendimento sobre a infância seria capaz de fundar uma nova ideia de Educação Infantil, promovendo a desejável valorização de seu profissional
Heloisa Helena Oliveira de Azevedo é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC de Campinas.
Este livro nasceu da necessidade de estimular o debate sobre a importância do estabelecimento de uma política orgânica, de caráter nacional, voltada ao aperfeiçoamento dos padrões de qualidade e ao apoio direto à formação de quadros qualificados para o exercício do magistério da educação básica em todo o território nacional.
Centrados na relação escola-educador, os ensaios aqui reunidos visam discutir uma série de temas atuais ligados à área, entre os quais: a relação escola-sociedade, a alfabetização, a estrutura curricular, a pedagogia da qualidade e a relação oralidade-escrita. Dessa forma, a coletânea permite a avaliação de propostas e experiências recentes na política educacional.
A questão da formação dos professores é definidora para que se dê, sobretudo na América Latina, o tão necessário salto ao século XXI na educação. Neste livro, ela é discutida de muitas formas e sob múltiplos olhares, na busca de revolucionar os padrões de qualidade da educação brasileira e de formar, cada vez mais, profissionais qualificados para o magistério
Travar contato com a comunidade indígena por meio da Matemática. Essa é a proposta do autor que, por meio de vivências e pesquisas aprofundadas, desenvolveu o conceito de etnomatemática, procurando, a partir do próprio conhecimento matemático das comunidades, seus signos e simbolismos, viabilizar a formação de educadores indígenas para povos indígenas. Um dos pontos levantados é a possibilidade de, a partir do contato, estabelecermos um trabalho em conjunto, levando em consideração os conhecimentos já desenvolvidos por esses povos.
O tema deste livro é particularmente instigante para todos os que trabalham com a formação humana: educar é apostar. Educar é trabalhar com valores e, portanto, nunca será possível obter certezas por meio da verificação experimental, já que finalidades e valores não são passíveis de testes científicos. A partir disto, Hannoun cobra do educador uma lucidez prudente, uma dada dimensão de utopia: aquela que, impregnada de um sensato entusiasmo, é capaz de produzir as mais profundas transformações.