Do belo do Japão para o Brasil
O Brasil é o país que recebeu o maior número de imigrantes japoneses do mundo. Atualmente residem no país cerca de 1,5 milhão de nipo-brasileiros que estabelecem inter-relações culturais que já duram mais de um século. Assim, a inclusão do olhar brasileiro na arte e na cultura japonesas ou do olhar japonês na arte e na cultura brasileiras proporciona um rico cruzamento de visões e procedimentos distintos, extremamente originais e desconhecidos até então em outros lugares. É essa perspectiva que se apresenta neste livro, cujos textos assinalam, em solo brasileiro, a trajetória da música okinawana, a formação de alguns grupos de haikai, as experiências brasileiras de teatro e dança no cruzamento com as estéticas japonesas, os significados do shodô (caligrafia japonesa), a relação entre arte e religião, as artes da terra de origem e os conhecimentos de arte budista e das estéticas provenientes da literatura japonesa.
Docente e pesquisadora do curso de graduação em Japonês do departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), câmpus de Assis.
Docente e pesquisadora da Faculdade Messiânica da Fundação Mokiti Okada (MOA), com mestrado e doutorado em Artes pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).
Docente e pesquisadora do curso de graduação em Japonês e de pós-graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa do departamento de Letras Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
A natureza da arte descreve as hipóteses, as teorias e os experimentos produzidos nos últimos sessenta anos por pesquisadores associados ao campo investigativo da cognição, todos tendo em comum uma mesma ambição: tratar a arte como um objeto “natural”, ou seja, não transcendental e objetivamente passível de ser escrutinado.
O grande público não se interessa pela arte contemporânea, mas será que a arte contemporânea se interessa pelo público? É a partir de questões como essa – estampada no Museu D’Orsay, em Paris, anos atrás – que o escritor e crítico Affonso Romano de Sant’Anna instaura uma reflexão original em torno do que chama de a insignificância nas artes plásticas contemporâneas, ou seja, o fato de que as obras privilegiam a construção da não significação, em completa oposição à tradição não apenas das artes plásticas, mas das artes de modo geral. Avançando em discussões travadas em livros anteriores como Desconstruir Duchamp e O enigma vazio, e apoiado em contribuições de disciplinas diversas, com destaque para a antropologia, a linguística e a semiologia, o autor, nos dois ensaios que compõem este livro, propõe modos de interferir na confecção da própria história da arte, pensando em novos métodos para essa história, e assim questionando, por exemplo, qual é o lugar da transgressão na arte. Affonso Romano de Sant’Anna procura traçar o que identifica como a base gramatical do discurso atual das artes plásticas, compreender sua estrutura interna, de forma a refletir sobre esse discurso e, indo além, pensar e problematizar os próprios enigmas de nosso tempo.
É um livro único. Emerge do diálogo entre duas linguagens artísticas, o teatro e a ópera. Cristine Bello Guse apresenta poeticamente os desafios que o cantor-ator enfrenta na composição de seu papel dramático ao encenar uma ópera. Atualmente os espetáculos de ópera incorporam novas tecnologias fazendo com que este dinamismo abra possibilidades para uma atuação na qual os cantores, além de brindar o público com suas excelentes vozes e sensibilidade musical, também se movimentem livremente pelo espaço cênico interpretando personagens na representação da situação dramática. Fruto de sua pesquisa de mestrado, este livro se traduz pelo encantamento de uma obra de arte.
ArteCiênciaArte propõe uma inspiradora reflexão sobre o encontro da arte com a tecnologia e os mais variados campos científícos.
A obra possui dois eixos centrais. O primeiro é o uso das neurociências e dos sistemas complexos para o entendimento da percepção que é localizável em espaços artísticos interativos e multimodais; e o segundo refere-se ao lugar do corpo no contexto do desenvolvimento e da fruição de obras com tecnologias emergentes. Os textos apresentam alguns resultados da pesquisa desenvolvida neste campo por Rosangella Leote, isoladamente e em seu grupo de arte contemporânea, o SCIArts, do qual foi uma das fundadoras e participa até hoje.
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“Leote se distinguiu não apenas como uma artista original e de propostas pouco ortodoxas, mas também como uma analista e teórica muito refinada desse movimento em processo”. [Arlindo Machado]
Sidney Harris é um cartunista norte-americano que, embora não seja especializado em assuntos científicos, toca em pontos essenciais da ciência em seus cartuns. Tão essenciais (paradigmas das ciências naturais, a forma como cientistas escolhem seus dados, os limites da argumentação e retórica científicas) que o leitor pode ser levado a crer que ele teria sólida formação em alguma ciência natural. Surpreendente: não tem. Sua intuição dá conta de tudo. E como... Seus cartuns podem ser encontrados nas principais publicações da imprensa norte-americana (The New Yorker, Playboy), além de, é claro, em publicações científicas (Discover, American Scientist, Science, Chronicle of Higher Education), para as quais começou a escrever em 1970.