ArteCiênciaArte propõe uma inspiradora reflexão sobre o encontro da arte com a tecnologia e os mais variados campos científícos.
A obra possui dois eixos centrais. O primeiro é o uso das neurociências e dos sistemas complexos para o entendimento da percepção que é localizável em espaços artísticos interativos e multimodais; e o segundo refere-se ao lugar do corpo no contexto do desenvolvimento e da fruição de obras com tecnologias emergentes. Os textos apresentam alguns resultados da pesquisa desenvolvida neste campo por Rosangella Leote, isoladamente e em seu grupo de arte contemporânea, o SCIArts, do qual foi uma das fundadoras e participa até hoje.
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“Leote se distinguiu não apenas como uma artista original e de propostas pouco ortodoxas, mas também como uma analista e teórica muito refinada desse movimento em processo”. [Arlindo Machado]
(Rosangela da Silva Leote). É artista/pesquisadora multimídia; pós-doutoranda na Universidade Aberta (Lisboa-PT) – pesquisa sobre multissensorialidade, multimodalidade e interfaces assistivas para as, com base na neurociência; doutora em Ciências da Comunicação. Integrante de Comitês Científicos/Editoriais: ARTECH (PT), CITAR (PT), “BR::AC” (ES), Galáxia (SP), Tecnologia e Sociedade (PR) e Valise (RS), é membro fundador da “Associação ARTECH – Internacional” (Portugal) e vice-diretora da edição de 2015 do Grupos de pesquisa: Líder do GIIP – “Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências entre Arte, Ciência e Tecnologia” (Unesp); “BR::AC” (“Barcelona Investigación: Arte y Creación” – UB); “Praxis e Poiesis: da prática à teoria artística” (UA-PT); “Realidades” (ECA-USP) e “Arte e Tecnologia” (UFSM-RS). Coordena o PPG em Artes – IA/ Unesp. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq de 2007 a 2011. Atua com instalações multimídias interativas (SCIArts – Equipe Interdisciplinar – Prêmio Sergio Motta 2000 e 2005); em tecnoperformances (criou o termo); esculturas sonoras; objetos interativos e vídeos. Possui prêmios e várias publicações na área. Coordena rede internacional de pesquisa, ligada ao GIIP, com parcerias oficiais entre Unesp e as Universidades: Barcelona (UB-ES); Vic (UVIC-ES); Javeriana (UJ-CO); Aveiro (UA-PT). Nesta rede há colaborações entre grupos de pesquisa das seguintes universidades públicas: (UNB-BR); (UFG – BR); (UFSM – BR); (USP-BR); (UFRJ-BR) e (UFBA). Tem alta atuação em pesquisa e extensão em Arte/Ciência/Tecnologia, que resultam em exposições, seminários e congressos nacionais e internacionais que contribuem para a divulgação e fortalecimento da pesquisa brasileira. Pós-doutora pela Universidade Aberta (Lisboa-PT); a pesquisa principal em andamento é “Interfaces assistivas para a Arte – da difusão à inclusão”.A pesquisadora tem grande interesse na internacionalização do conhecimento brasileiro. Tem vários parceiros de investigação no Brasil e no exterior, todos membros oficializados no grupo de pesquisa que lidera (GIIP/Unesp). Este grupo, certificado no CNPq, congrega outros cinco grupos de pesquisa do Brasil, todos de universidades públicas.Realizou, em 2012, dois acordos de intercâmbio internacional com as universidades de Barcelona e de Vic (Espanha), para a formalização das atividades de pesquisa e extensão, já operadas antes, com estas instituições. Os acordos são de cunho geral para todas as áreas das universidades. Já há resultados de ações ligadas a esses intercâmbios em outras unidades da Unesp. Há outros acordos em fase de contratação.As atividades com a Espanha têm gerado resultados significativos, no campo das tecnologias para interfaces assistivas para as artes, além de escultura sonora. Com a Colômbia, elas encaminham- se para a densificação da nossa pesquisa relativa à neurociência, no GIIP.
Sidney Harris é um cartunista norte-americano que, embora não seja especializado em assuntos científicos, toca em pontos essenciais da ciência em seus cartuns. Tão essenciais (paradigmas das ciências naturais, a forma como cientistas escolhem seus dados, os limites da argumentação e retórica científicas) que o leitor pode ser levado a crer que ele teria sólida formação em alguma ciência natural. Surpreendente: não tem. Sua intuição dá conta de tudo. E como... Seus cartuns podem ser encontrados nas principais publicações da imprensa norte-americana (The New Yorker, Playboy), além de, é claro, em publicações científicas (Discover, American Scientist, Science, Chronicle of Higher Education), para as quais começou a escrever em 1970.
Os limites e as interações da fotografia com a pintura são o tema deste livro, fruto da dissertação de mestrado de Selma Machado Simão, apresentada no Instituto de Artes (IA) da Unesp, câmpus de São Paulo. A pesquisa, além de gerar uma reflexão sobre a arte resultante da interface entre essas duas esferas da criação visual, inclui produções da própria autora. Para ela, a miscigenação erntre uma técnica industrial mecânica, a fotografia e a artística artesanal, a pintura, gera momentos de grande potencial criativo. Em sua pesquisa, aborda o impacto que, no século XIX, a fotografia causou na linguagem pictórica, que se sentiu, então, desobrigada de reproduzir a realidade. A pesquisadora analisa, ainda, as obras de alguns fotógrafos/artistas do passado e do presente.
Arte Virtual: da Ilusão à Imersão, de Oliver Grau, é uma análise histórica comparativa de como a arte virtual se encaixa na história da arte da ilusão e do realismo. Oferecendo um estudo criterioso da evolução dos espaços virtuais imersivos, Grau reexamina o termo imagem para refletir a respeito das implicações dos ambientes virtuais simulados por computador.
Feyerabend desafia os grandes dogmas do mundo contemporâneo para defender os benefícios da diversidade e das mudanças culturais diante das certezas uniformes e homogeneizantes da tradicional racionalidade científica. Aproxima Ciência e Arte e discute desde Xenófanes a Einstein e a mecânica quântica, passando por uma análise surpreendente do conflito entre Galileu e a Igreja. O seu (tipicamente) agressivo adeus à razão equivale à rejeição de uma imagem congelada e distorcida da ciência que abusa do cânon ocidental racionalista e objetivo.
O autor mergulha no clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, para mostrar os mecanismos lingüísticos que relacionam o discurso verbal ao plástico, chegando a concepções sobre o pensamento estético de Proust, que podem ser ampliadas para o questionamento sobre a atividade artística, em suas mais variadas formas de expressão. Realiza um paralelismo entre diferentes sistemas lingüísticos, especialmente entre literatura e pintura, gerando uma ampla discussão sobre os elementos fundamentais proustianos. Mostra como o discurso se vale da palavra para romper os limites do dizível e permite uma visão da capacidade de Proust de entrelaçar intelectualismo e impressionismo, o que lhe possibilitou atingir os mais delicados matizes em sua reprodução de estados sensoriais e espirituais.