O Modernismo, além de ter gerado uma revolução estética na literatura, na música e nas artes plásticas, foi um momento único de intenso debate sobre o conceito de identidade nacional. Nunca antes a poesia esteve tão próxima do contexto histórico-social, ideológico e cultural, tendo como um de seus principais objetivos mostrar as faces contraditórias e diversificadas do país. Com a análise de textos fundamentais da poesia modernista brasileira, mostra-se aqui como se cumpriu a difícil tarefa de aliar as peculiaridades e heranças de uma cultura com o tratamento de valores e questões universais.
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Para a autora, a literatura brasileira, com o modernismo, conquistou sua plena independência e maturidade. Isso inclui a própria língua, que se modernizou, aproximando-se da oralidade. O estudo se debruça ainda sobre a reabilitação romântica do índio ocorrida no modernismo, além do cosmopolitismo e do nacionalismo do movimento. Pau-brasil (1925), de Oswald de Andrade, que satiriza os cronistas coloniais, Martim Cererê (1928), de Cassiano Ricardo, que revisita o bandeirantismo e Cobra Norato (1931), de Raul Bopp, em sua retomada de mitos nacionais, são analisados em detalhe.
Leonardo Arroyo (1918-1986) foi jornalista, contista, ensaísta, autor de livros infantis e poeta. Dentre seus diversos livros publicados está Literatura infantil brasileira, lançado originalmente em 1968. Intensamente lido e citado por quantos se interessam pelo tema, esse texto apresenta um vasto panorama da literatura nacional que circulou entre as crianças brasileiras, tomando por ponto de partida a literatura oral e chegando até a produção de Monteiro Lobato.
Se, antes da introdução das modernas técnicas de produção editorial, no final da década de 1960, o sociólogo francês Robert Escarpit denominou o grande incremento do mercado editorial nos países desenvolvidos, em grande parte devido ao fenômeno do livro de bolso, "revolução do livro", o que dizer das transformações ocorridas nas duas últimas décadas na própria forma como o livro é produzido? Essas transformações foram tantas e tão diversas que seria o caso de falarmos agora de uma "revolução do livro". Esse foi um dos desafios enfrentados na atualização de obra tão importante quanto A construção do livro, de Emanuel Araújo.
Diplomata, historiador, político e jornalista, o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior, Rio de Janeiro, RJ, 1845-1912) é uma das figuras nacionais mais importantes quando se pensa em relações internacionais. Ao estar envolvido em diversas negociações sobre fronteiras, teve papel de destaque na configuração de uma política internacional adaptada às necessidades do Brasil do final do século XIX. Este livro mostra facetas mais pessoais de um homem que teria preparado o terreno para uma aproximação mais estreita do Brasil com as repúblicas hispano-americanas e com os Estados Unidos. O biógrafo constrói o perfil do Barão graças à intensa pesquisa e ao mergulho no arquivo do Itamarati e nas correspondências ativa e passiva disponíveis de uma personalidade recatada e, por isso, difícil de ser conhecida.
Bilíngue em português e alemão, os quatro textos clássicos que compõe essa obra mostra como Martinho Lutero (1483-1546) modificou a língua, o imaginário e os valores do cristianismo. Escrito na segunda década do século XVI, o livro abriu novos caminhos para as formas do pensamento moderno.