Debate sobre o expressionismo
A obra reconstrói o debate sobre a vanguarda artística que mobilizou em momentos e em registros diferentes os principais pensadores marxistas de língua alemã no século XX, situando o pensamento estético de autores como Lukács, Bloch, Adorno, Eisler, Benjamin e Brecht. Nesta segunda edição, foram incorporados o capítulo "O 'debate sobre o expressionismo' como chave interpretativa da polêmica Adorno x Lukács", além de novas traduções de Lukács, como o inédito “Discurso proferido por ocasião do funeral de Bertolt Brecht” e o ensaio de Adorno “Reconciliação extorquida”.
Carlos Eduardo Jordão Machado é doutor em Filosofia pela Gesamthochschüle - Universität Paderborn (Alemanha) e docente da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis - SP. É autor do livro Debate sobre o expressionismo (Unesp, 1998).
Benjamin retratou uma época marcada por radicais transformações da percepção e do comportamento dos cidadãos: o crescimento vertiginoso das grandes cidades, o impacto do trânsito, do reclame e das novas formas de mídia, a sensação de viver num mundo kafkiano e surrealista... Toda essa polifonia está presente nos artigos deste livro.
Como os historiadores utilizam a teoria social? E os teóricos sociais, como eles empregam a História? Com uma linguagem clara e vigorosa, Peter Burke nos oferece aqui algumas respostas de longo alcance para essas questões que se apresentam aparentemente simples, mas que engendram profundas e, por vezes, contraditórias repercussões nas ciências humanas. O clássico texto, agora revisado e atualizado em sua segunda edição, analisa a relação entre o campo de conhecimento dos historiadores e o dos cientistas sociais — antropólogos, sociólogos, psicólogos, geógrafos etc. —, bem como as tentativas de convergência empreendidas nas últimas décadas.
Jacques Le Goff significa, para os historiadores em geral, um dos ícones que promoveram uma profunda revolução no modo de conceber a profissão. Neste livro, ele conversa com Marc Heurgon sobre sua vida e estabelece as conexões entre a história e a memória que teorizou na Enciclopédia Einaudi. Neste volume, descortina-se um homem que, preocupado com os problemas contemporâneos, se debruça sobre o passado, marcado pela guerra e pelas novas dimensões de um mundo que teve como marco a Bomba Atômica.
Os ensaios deste livro do historiador François Dosse discutem, entre outras coisas, a questão da identidade nacional tal como ela orientou o discurso histórico francês até o começo do século XX e o seu abandono sob a égide das ciências sociais e do estruturalismo; a importância da hermenêutica de Paul Ricoeur para o historiador ou ainda as interpretações de Maio de 68 e a influência exercida por aquele acontecimento-ruptura sobre a disciplina histórica. O autor analisa também a trajetória de alguns dos principais representantes da Nova História, como Georges Duby, Fernand Braudel e François Furet, e se detém sobre luminares do pensamento estruturalista, como Roland Barthes, Jacques Lacan e Michel Foucault. Apesar da diversidade aparente dos temas, os textos retomam as preocupações de François Dosse para com o estruturalismo e suas relações com a história (e seu esfacelamento).
Publicados originalmente entre 1754 e 1762, os textos que compõem esta obra fazem parte dos seis volumes sobre a história inglesa redigidos por David Hume quando ele ainda não gozava da fama de filósofo pela qual o reconhecemos hoje. Fundamentado na noção de que o que move a história é a busca de um povo pela liberdade, em contraposição ao poder e à autoridade exercidos pelo Estado, e interessado em demonstrar como este embate é responsável por erigir a Constituição inglesa, Hume desenvolve sua investigação sobre os fatos do passado lançando luz não apenas sobre a vida de reis, príncipes, parlamentares e militares – tal como era a tradição até então –, mas também sobre amplas e importantes esferas da sociedade, como a ciência, a religião, as artes, a economia e os costumes.