Experiência histórica e imagens dialéticas
Benjamin retratou uma época marcada por radicais transformações da percepção e do comportamento dos cidadãos: o crescimento vertiginoso das grandes cidades, o impacto do trânsito, do reclame e das novas formas de mídia, a sensação de viver num mundo kafkiano e surrealista... Toda essa polifonia está presente nos artigos deste livro.
Autor deste livro.
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Carlos Eduardo Jordão Machado é doutor em Filosofia pela Gesamthochschüle - Universität Paderborn (Alemanha) e docente da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis - SP. É autor do livro Debate sobre o expressionismo (Unesp, 1998).
A obra reconstrói o debate sobre a vanguarda artística que mobilizou em momentos e em registros diferentes os principais pensadores marxistas de língua alemã no século XX, situando o pensamento estético de autores como Lukács, Bloch, Adorno, Eisler, Benjamin e Brecht. Nesta segunda edição, foram incorporados o capítulo "O 'debate sobre o expressionismo' como chave interpretativa da polêmica Adorno x Lukács", além de novas traduções de Lukács, como o inédito “Discurso proferido por ocasião do funeral de Bertolt Brecht” e o ensaio de Adorno “Reconciliação extorquida”.
Wittgenstein (1889 - 1951) dizia que o papel da filosofia é dissolver confusões conceituais e desatar nós do entendimento na emaranhada teia da linguagem. Demoliu séculos de reflexão sobre a natureza do “interno” e a experiência do subjetivo. Hacker mostra como o exame que Wittgenstein faz do uso das palavras clarifica as noções de mente, corpo e comportamento.
Dedicada à produção ficcional relacionada ao mito e à magia, esta antologia apresenta um diversificado panorama sobre o assunto, a partir de ensaios que refletem sobre essas histórias, algumas da Antiguidade, outras, contemporâneas. Todas atualmente presentes como parte indissociável da cultura universal: o mito de Édipo, a fábula árabe, o Sebastianismo, o romance gótico, os primórdios da narrativa policial, entre outras representações.
Em um momento histórico no qual o analfabetismo apresenta-se como intolerável, a questão metodológica da alfabetização aparece como central. Tendo em vista tal realidade, José Morais analisa vários aspectos da chamada arte de ler. Partindo das estruturas mentais envolvidas na leitura, da relação entre linguagem falada e linguagem escrita, Morais centra-se nos mecanismos de aprendizagem e nos distúrbios que podem ocorrer nesse processo. Mediante essa estratégia, ele pode desenvolver o estudo dos diferentes métodos, a fim de apresentar as possibilidades terapêuticas que se oferecem hoje aos que não dominam as práticas de leitura.
Escrito originalmente como tese de doutorado na década de 1920, o livro de Adorno sobre Kierkegaard consistiu em um trabalho pioneiro de análise crítica e marxista da cultura. Sobre esta obra, Walter Benjamin escreveu: “pertence à classe de raros e peculiares primeiros trabalhos que revelam um pensamento vigoroso para apreciação da crítica”. O livro traz, ainda, dois outros ensaios de Adorno sobre o filósofo, produzidos em distintos contextos. Na década de 1940, ele se debruça sobre os discursos religiosos kierkegaardianos; e, vinte anos mais tarde, concentra-se nos abusos cometidos contra a obra do pensador dinamarquês, ressaltando seu lado não conformista, crítico e de certo modo profético. Nestes três textos, Adorno revela parte do desenvolvimento de sua produção, bem como abre novas perspectivas para a compreensão da obra de Kierkegaard.