Elaborado e apresentado pelos linguistas Jean-Claude Coquet e Irene Fenoglio, com prefácio de Julia Kristeva e posfácio por Tzvetan Todorov, este livro constitui um flagrante revelador de Benveniste em plena atividade docente, em seu último curso no Collège de France.
Émile Benveniste nasceu em Alepo, Síria, em 1902, e morreu em Versailhes em 1976. É reconhecido por suas contribuições à linguística geral e, especialmente, por seu trabalho no campo da gramática comparativa das línguas indo-europeias.
O Zhuangzi é um texto antigo chinês datado de cerca do século III a.C., contendo histórias e anedotas que exemplificam a mente tranquila de um mestre daoísta. A obra, ao lado do Dao De Jing, é um dos textos fundacionais do daoismo, e versa sobre o significado da liberdade, a busca de felicidade e o anseio humano por realização.
Com seguro conhecimento da língua e da literatura francesas, Daniela Mantarro Callipo insere este livro numa das linhas de pesquisa comparatista que se acentuou nas últimas décadas: o confronto entre textos de sistemas literários distintos que busca explicitar não somente o que eles têm em comum, mas, em especial, as diferenças que apresentam. Consciente de que a citação não é periférica nas atividades de leitura e de escritura – antes representa um mecanismo capital de toda prática de linguagem –, a autora discute a presença da poética de Victor Hugo nas crônicas de Machado de Assis. Cada capítulo é organizado em torno das crônicas machadianas em que foram identificadas a relação intertextual com a poesia hugoana. Seja sob a forma de citação explícita seja como paródia, essa presença do intertexto é concebida como uma força em que põe em ação o diálogo do escritor brasileiro com a obra do poeta francês.
Com a publicação desta obra, Janet Murray tornou-se uma referência fundamental no campo da narrativa interativa em todo o mundo. A abrangência de seu estudo, que relaciona literatura, cinema, vídeo e linguagens digitais, teve repercussão em diferentes âmbitos de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos, ao alertar para a essência multidisciplinar das novas mídias e apontar para o nascimento de mais uma linguagem expressiva.
Tomando como ponto de partida o Memorial do convento, de José Saramago, o esquema interpretativo de Odil, fundamentado em Bakhtin, Benjamin, Barthes e Antonio Candido, permite que se desvendem as principais tensões sobre as quais este romance se estrutura: o discurso narrativo dos períodos de formação da literatura portuguesa versus os modos e as formas do romance da modernidade.
Onze anos depois da Semana de Arte Moderna de 22, Oswald começa a pôr em prática o projeto de uma série de romances intitulada Marco zero, no qual procuraria retratar o Brasil que estava surgindo a partir de 1930. Nem todos os volumes programados foram escritos e a crítica sempre considerou o resultado como de valor menor por seu excesso de engajamento político. Antonio Celso Ferreira procura desfazer essa interpretação pela leitura atenta de historiador sintonizado com a evolução da literatura brasileira.