Este ensaio de alto teor filosófico discute novos modos de ler, criticar e praticar a biografia, gênero ainda pouco compreendido no Brasil. Amparado por um amplo repertório de leituras biográficas e teóricas de campos diversos, Sergio Vilas-Boas tece um conjunto de reflexões sobre os valores humanos, os métodos e as técnicas que guiam (ou deveriam guiar) os biógrafos contemporâneos. O texto mescla linguagens dissertativa e narrativa enriquecidas ainda por diálogos interativos com o jornalista Alberto Dines, biógrafo do escritor (e também biógrafo) Stefan Zweig. O que resulta é uma abordagem inovadora e prospectiva, e uma forma de texto ousada, na qual o biográfico e o autobiográfico se fundem transparentemente.
Sergio Vilas-Boas é jornalista, escritor e professor. Mestre e doutor pela ECA/USP com pesquisas sobre biografias. Autor de Perfis: o mundo dos outros (2014), coletânea de textos biográficos, e do romance Os estrangeiros do Trem N (1997), ganhador do prêmio Jabuti, entre outros livros.
Estudos sobre biografias ainda são ocasionais. Alguns literatos, acadêmicos ou não, refletiram sobre a biografia como gênero - investigando sua autenticidade, sua veracidade, estilos de época, simbioses romanescas etc. Muitos historiadores também ocuparam-se da biografia como uma espécie de subproduto da história, um meio para o historicismo ou amostra para reflexões historiográficas.
Jornalismo público não se limita a identificar os fatores que impedem os meios de comunicação de massa de cumprir sua função social, contribuindo para o fortalecimento da democracia nas sociedades contemporâneas. Nesta obra, Danilo Rothberg discute as alternativas possíveis para conectar o jornalismo ao interesse público, bem como para preservar, de fato, o direito à informação, componente central do Estado moderno.
Esta é a tão esperada terceira edição da excepcional coletânea de ensaios de Chomsky sobre a linguagem e a mente. Os primeiros seis capítulos, publicados originalmente na década de 1960, significaram uma contribuição revolucionária para a teoria linguística. Esta nova edição complementa-os com um capítulo adicional e um novo prefácio, trazendo para o século XXI a influente abordagem de Chomsky.
Arquíloco de Paros foi um dos poetas mais célebres – ou notórios – da Antiguidade greco-romana; julgavam-no digno de ser nomeado ao lado de Homero e Hesíodo, embora o caráter de sua poesia fosse muito diverso da deles. Não há nenhum comentário moderno sobre Arquíloco que seja abrangente: os poucos comentários antigos desse tipo estão bastante ultrapassados, não só por causa do acréscimo do número de fragmentos, devido às descobertas de importantes inscrições e papiros, mas também por causa das mudanças nas perspectivas dos estudos clássicos, que agora identificam novas perguntas por fazer, além das tradicionais. Este livro representa, porém, um grande passo na direção do cumprimento desse objetivo. Ao escolher um dos temas mais importantes e coerentes nos versos de Arquíloco, o da guerra e da luta, e ao realizar um estudo sistemático dos fragmentos relevantes, a autora oferece uma valiosa contribuição para os estudos arquiloqueios.
A obra de Lima Barreto e a visão do escritor sobre a mulher e o negro; o amor, da perspectiva do personagem Riobaldo, de Guimarães Rosa; o livro Cadeiras proibidas, de Ignácio de Loyola Brandão, segundo um conceito literário surgido ainda na antiguidade; a letra da música Feijão maravilha, de Gonzaguinha, à luz do processo dialético da aprendizagem. Estes são alguns dos vários temas de que Carlos Erivany Fantinati se ocupa nesta obra, sintetizando sua longa carreira acadêmica.