Esta antologia de textos de Cristovam Buarque apresenta uma constatação urgente: quase um milênio depois de ser inventada, a universidade está em xeque. O paralelo que o autor traça para dar a dimensão dessa crise é provocador. Se foi o insulamento dos mosteiros, aprisionando o conhecimento em dogmas e na fé religiosa, que pavimentou o surgimento das universidades como espaço para o novo pensamento livre, hoje são estas instituições que padecem da mesma clausura. “O conhecimento universitário, mais uma vez, se vê murado e defasado, perdendo sintonia com o conhecimento e as demandas da realidade social externa.”
Cristovam Buarque é senador da República (2011-2018), foi governador do Distrito Federal (1995-1998), ministro da Educação (2003-2004) e o primeiro reitor da UnB escolhido por eleições diretas, em 1985. Formado em Engenharia Mecânica pela UFPE, obteve doutorado em Economia pela Universidade de Sorbonne. Entre outras obras, publicou pela Editora Unesp A Aventura da universidade (1995).
Resultado de uma reflexão madura, este trabalho destaca-se pelo seu caráter crítico. Apresenta respostas concretas às grandes questões levantadas: o destino da universidade, a universidade prisioneira, a educação da universidade brasileira, a universidade para a crise, a universidade tridimensional, a invenção da universidade e um dicionário da crise universitária, com uma atenção especial à questão da ética na universidade.
Este livro nos oferece um amplo painel das instituições e dos grandes problemas dos séculos XII, XIII e XIV, decisivos para toda a cultura moderna. Neste quadro, as universidades mostram-se particularmente sensíveis e estratégicas, sobretudo quando tomadas em sua diferenciação e relacionadas com os acontecimentos cruciais e os suportes do poder político da época. A obra de Verger abre um caminho que permite ao leitor retornar à fonte constitutiva e originária das universidades modernas.
Estudo de avaliação dos impactos causados pela instalação da UNESP nos municípios. Bovo demonstra o funcionamento da universidade como fator de dinamismo econômico e social, além de sua transformação em pólo prestador de serviços à comunidade, principalmente na área de saúde.
A universidade crítica reconstroi o processo de transformação do ensino superior no Brasil entre 1945 e 1964, em suas determinações sociais e econômicas. Ao lado dos aspectos morfológicos do ensino superior no período, a obra explicita a consciência dos agentes envolvidos nesse processo, em especial o Estado, os professores e os estudantes. Com outros dois volumes – A universidade temporã e A universidade reformanda – A universidade crítica integra uma trilogia que dá conta da história da universidade brasileira dos primórdios ao período da ditadura militar.
Universidade em transformação: Lições das crises é uma obra que contribui para o debate dos grandes desafios das universidades públicas brasileiras, sob a ótica do sistema universitário público paulista. Contém reflexões oportunas, particularmente no contexto de celebração dos trinta anos da conquista da autonomia universitária pelas universidades estaduais paulistas.