Conversa sobre poesia
Crítico literário, poeta e editor, Friedrich Schlegel foi uma voz determinante para os movimentos literários europeus do século XIX. Seus aforismos, publicados na revista Athenaeum, que dirigiu entre 1798 e 1800, foram a base sobre a qual se edificou o primeiro romantismo alemão. Em Fragmentos sobre poesia e literatura (1797-1803) e Conversa sobre poesia, reunidos em um mesmo volume nesta edição brasileira, pode-se conferir essa escrita que busca, em forma de diálogos, refletir sobre o significado da vida e da arte.
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É bem conhecida a afirmação de Dostoiévski sobre os poderes relativos da literatura e da psicologia. Para ele, um psicólogo jamais alcançaria a eficácia do escritor: é na literatura que encontramos um retrato acurado da mente. Mas mesmo para aqueles que reivindicam superioridade para um desses dois polos uma coisa é certa: psicologia e literatura partilham uma ampla fronteira e guardam inter-relações significativas. Essa convivência ao mesmo tempo conflituosa e complementar é estudada por Dante Moreira Leite em vários de seus ângulos. Neste conhecido e influente ensaio, ênfase particular é dada à questão da criatividade, à avaliação de vertentes psicologistas (junguiana, psicanalítica etc.) da análise literária e aos processos psicológicos associados à leitura e ao autor.
Nesta obra, Paulo Franchetti reúne alguns de seus textos sobre o ensino da literatura, atividade a que se dedicou durante seu percurso como professor no ensino médio e na universidade. Durante esse tempo, Franchetti interrompia as aulas de língua para ler para seus estudantes contos de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Ernest Hemingway, crônicas de Rubem Braga, Fernando Sabino e outros textos de vários outros gêneros e escritores. Em todos os casos, o professor priorizava a leitura expressiva, pausada, apenas com observações pontuais sobre vocabulário ou sintaxe ou com repetição de algum trecho que julgava importante. Depois, abria espaço para o comentário e a conversa sobre o lido e o ouvido. Essa leitura em voz alta era o ponto central de qualquer aula dele; até mesmo quando o objeto era um texto crítico. Essa maneira de ensinar literatura despertou no autor reflexões importantes sobre sua atuação em sala de aula como professor: para quem ensinava? E que preparação oferecia àqueles estudantes que seriam professores de ensino médio ou estudantes de pós-graduação? Essas e outras questões são tratadas neste volume, em que o leitor encontrará também uma reflexão sobre a questão da avaliação do mérito nas humanidades e suas consequências para o ensino de literatura e um ponto de vista mais testemunhal de Franchetti, na entrevista que encerra este volume.
Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz.
Desde sua tese de doutorado, Da fronteira do asfalto aos caminhos da liberdade, a questão da predominância da capital angolana na literatura desse país africano tem estado no centro das preocupações do trabalho de Tania Macêdo e tem sido objeto de vários textos que buscaram dar conta do "mundo rico de sugestões" que é a Luanda da escrita. E a esse mundo a autora retorna neste livro em que apresenta, organizado sob a forma de um texto único, o resultado de reflexões levadas a efeito desde os anos 1990, com uma nova redação e uma nova perspectiva.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.