Luiz Roberto Salinas Fortes foi vítima do expurgo contra intelectuais nas universidades brasileiras no início dos anos 1970, período de violenta repressão política e de assassinatos autorizados pela ditadura civil-militar brasileira. Retrato calado é o comovente relato da experiência brutalizante vivenciada pelo autor nos porões do governo de generais. Obra de memórias e de resistência, esta edição conta também com apresentação de Marilena Chaui e prefácio de Antonio Candido.
Luiz Roberto Salinas Fortes graduou- se em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), mais tarde Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Na mesma instituição, defendeu a tese de doutorado Rousseau – da teoria à prática e obteve o título de professor livre-docente, com Paradoxo do espetáculo, trabalho no qual deu continuidade aos estudos sobre a obra política do iluminista genebrês.
Por ocasião do centenário do filósofo francês Jean-Paul Sartre, a Editora UNESP lança a segunda edição da obra, em versão bilíngüe, que trouxe a público a conferência pronunciada por Sartre, em 4 de setembro de 1960, na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara (SP). O texto, de importância histórica, mostra o resumo das preocupações que moviam o filósofo existencialista na época? A relação entre filosofia e ideologia, pensamento e ação? Deixando registrado um crucial testemunho de sua trajetória como intelectual e ativista.
A presença de Sartre, figura emblemática do intelectual engajado e um dos mais influentes pensadores do século XX, permanece vívida. Ao ensejo do centenário de nascimento do filósofo francês, a reimpressão deste livro é não apenas oportuna, mas necessária para preservar uma peça central da inesquecível passagem de Sartre pelo Brasil. A famosa Conferência de Araraquara ganhou destaque no panorama do pensamento brasileiro de então: nomes maiúsculos da intelligentsia nacional acompanharam uma palestra que não desmereceu o auditório e constituiu instante significativo da obra sartreana. Com o intuito expresso de manter o registro fiel daquele evento, este volume preserva os muitos méritos da edição de 1986 e só se afasta dela em pequenas alterações de revisão e no formato do livro.
Corsi retorna à época do Estado Novo a fim de compreender a relação entre as diretrizes da política externa e a implementação de um projeto nacional. As vantagens políticas e econômicas alcançadas por Getúlio Vargas, na esfera das relações internacionais, aparecem como peça fundamental na costura da unidade nacional e da viabilização do processo de industrialização. Inserção mundial e consolidação nacional são assim avaliadas com base em uma óptica renovada.
O tempo livre é visto hoje como elemento indispensável na busca de melhor qualidade de vida. Isso nos permite afirmar que as atividades que o preenchem e as formas de desfrutá-lo constituem via de acesso privilegiada para a compreensão e dinâmica cultural e dos valores sociais contemporâneos. Valendo-se dessa percepção, Magnani desenvolveu uma das primeiras pesquisas etnográficas realizadas no Brasil sobre as modalidades de entretenimento e suas relações com a rede de lazer.
Figura basilar para a consolidação do Brasil como Estado nacional, D. Pedro II é retratado nesta obra não apenas a partir de suas intervenções políticas e públicas, sempre cuidadosamente pensadas, mas também desde sua intimidade, seus anseios e suas frustrações. Munido de uma vasta documentação, o historiador brasilianista Roderick J. Barman nos oferece novas interpretações para a reservada personalidade do monarca.