O espaço produzido pela ação humana é complexo e mutável. Espaços diferenciados entre si, com áreas e redes diferenciadas e articuladas, constituem o foco da geografia que analisa a espacialidade do passado e do presente. Nesse sentido, os textos desta coletânea dizem respeito ao presente e ao passado. Dizem respeito também a temas distintos como pequenas cidades e sua inserção na rede urbana e formas simbólicas espaciais como estátuas e templos. Os caminhos paralelos e entrecruzados não se esgotam, e este livro pretende caminhar na direção da compreensão da espacialidade da ação humana.
Roberto Lobato Corrêa é geógrafo e um dos principais estudiosos das questões urbanas no Brasil. Atualmente professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, escreveu inúmeros artigos e publicou diversos livros na área da geografia urbana e da geografia cultural.
Livro que apresenta uma reunião de textos que adicionam novos temas a questões tradicionalmente abordadas, ao longo de mais de quatro décadas, por Roberto Cardoso de Oliveira. Aqui é tratada temática da identidade étnica, a sua relação com os fenômenos culturais e com o mundo moral: a recuperação da dimensão do Ego associada ao problema da liberdade frente às possibilidades de manipulação da identidade étnica; as vicissitudes da identidade étnica e/ou nacional nas mais variadas situações observáveis no interior das sociedades anfitriãs de grande escala; e, finalmente, a transposição de uma experiência de pesquisa até então centrada nas relações entre índios e não índios passa, agora, para um estudo voltado à gênese de ideologias étnicas numa nação milenar.
O autor busca refletir sobre a força da lealdade à palavra dada, valor que, para algumas pessoas, determina julgamentos frequentemente contrários aos deveres e a qualquer outro valor moral necessário à existência da sociedade.
O início dos anos 1980, em especial os períodos compreendidos pela era Reagan e pela era Tatcher, assinala um retumbante retorno ao liberalismo. Velhos dogmas voltam ao primeiro plano da ideologia econômica, retomando seu prestígio, tendo o princípio do livre-mercado como o único mecanismo eficiente de regulação. São passados em revista temas como: o período keynesiano, as novas correntes liberais, as teorias do mercado sem crises, o Estado-providência, o corporativismo, o desemprego, a depreciação do trabalho e as dificuldades dos países em desenvolvimento.
Em Espaços fechados e cidades, Maria Encarnação Beltrão Sposito e Eda Maria Góes discutem a presença cada vez maior de áreas residenciais de acesso restrito e controladas por sistemas de segurança no Brasil, analisando as implicações desse fenômeno para as cidades médias.
Em Vivendo no fogo cruzado, Maria Helena Moreira Alves e Philip Evanson se lançam a uma pesquisa de campo para colher testemunhos da nova estratégia de segurança pública no Rio de Janeiro. Entrevistam mães de filhos desaparecidos, líderes de associações de bairro, professoras comunitárias, trabalhadores etc. A seguir, conversam com integrantes das forças policiais e, por fim, com representantes do poder político. O resultado é uma interpretação polifônica e abrangente, reunindo depoimentos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, do governador do Rio, Sérgio Cabral, e de seu secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, entre outros.