Nossas estrelas vermelhas e negras
Casos de confrontos entre marxistas e anarquistas são abundantes. Eventualmente, resgata-se histórias de colaboração e convergência. Besancenot e Löwy vão além: querem, sob o signo da I Internacional, salientar a solidariedade histórica entre militantes anticapitalistas de todas as vertentes. Descrevendo a trajetória dos movimentos sociais da Comuna de Paris aos nossos dias, discutem ecossocialismo, planifcação, federalismo, democracia direta e a relação sindicato/partido. Trata-se de uma obra sensível, entremeada pela esperança de que o futuro seja construído com cores vermelhas e negras.
Olivier Besancenot foi candidato à presidência da França e é membro da direção do Novo Partido Anticapitalista (NPA).
Michael Löwy é diretor emérito do CNRS, pesquisador da história do marxismo na América Latina. Pela Editora Unesp, os autores já publicaram Che Guevara: uma chama que continua ardendo (2009).
Antes mesmo de sua morte trágica, Che Guevara já suscitava as paixões e as imagens provocadas pelos mitos. Da selva latino-americana à conturbada Paris de 1968, da Cuba revolucionária aos câmpus universitários de todo o mundo, a figura do Che consubstanciava ideais e sonhos que transcediam o homem e a época. Alcançar uma avaliação balanceada desse personagem intrinsicamente polêmico, objeto constante de admiração e rancores, é o desafio enfrentado brilhantemente por Olivier Besancenot e Michael Löwy.
O que nos interessa é justamente a tensão inerente à escolha de um termo extraído da hierarquia das castas para descrever uma sociedade em que a hierarquia se torna ilegítima. Pois se constitui aí o campo semântico que dá à figura do pária sua singularidade “ocidental”, sua historicidade e, talvez, sua perenidade.
Um dos principais méritos da coletânea Recursos da esperança é cobrir o período mais intenso da produção de Raymond Williams, reunindo palestras e textos veiculados entre as décadas de 1950 e 1980. Dividida em sete partes, a obra apresenta as preocupações fundamentais do intelectual britânico, sempre marcadas pelo vínculo inquebrantável entre cultura e política.
Ler Marx discute os aspectos políticos, filosóficos e econômicos do pensamento de Karl Marx. Ao longo dessa caminhada, os autores revisitam os originais do pensador alemão e destacam a vitalidade de suas ideias neste início de século XXI.
Casos de confrontos entre marxistas e anarquistas são abundantes. Eventualmente, resgatam-se histórias de colaboração e convergência. Besancenot e Löwy vão além: querem, sob o signo da I Internacional, salientar a solidariedade histórica entre militantes anticapitalistas de todas as vertentes. Descrevendo a trajetória dos movimentos sociais da Comuna de Paris aos nossos dias, discutem ecossocialismo, planificação, federalismo, democracia direta e a relação sindicato/partido. Trata-se de uma obra sensível, entremeada pela esperança de que o futuro seja construído com cores vermelhas e negras.