Correspondência
Carlos Drummond de Andrade e Rui Ribeiro Couto se corresponderam durante décadas, entre 1925 e 1963. Foram cartas, bilhetes, cartões e telegramas, por vezes acompanhados de poemas. A presente edição reúne esse material, testemunho precioso da interlocução entre dois intelectuais, marcada pelo zelo literário característico de ambos.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi poeta, contista e cronista. Suas dezenas de obras, marcadamente em verso, mas também em prosa, o situam entre os maiores nomes da literatura brasileira de todos os tempos.
Rui Ribeiro Couto (1898-1963), poeta, romancista, contista e ensaísta, foi também um grande divulgador das literaturas brasileira e portuguesa no exterior. Em 2016, a Editora Unesp publicou sua correspondência com Adolfo Casais Monteiro e, em 2019, com Carlos Drummond de Andrade.
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A correspondência entre Casais Monteiro e Ribeiro Couto marca o início de uma nova fase nas relações entre escritores portugueses e brasileiros. As cartas acompanham a introdução dos autores brasileiros em Portugal e a publicação dos ensaios de Casais Monteiro sobre a poesia de Ribeiro Couto, Manuel Bandeira e Jorge de Lima. A obra mostra ainda, por exemplo, a cumplicidade deles em momentos difíceis, como quando Casais foi preso, a sua indicação por Ribeiro Couto para escrever em jornais brasileiros, o desentendimento entre os amigos em meados dos anos 1940 e a posterior reaproximação.
Desde sua tese de doutorado, Da fronteira do asfalto aos caminhos da liberdade, a questão da predominância da capital angolana na literatura desse país africano tem estado no centro das preocupações do trabalho de Tania Macêdo e tem sido objeto de vários textos que buscaram dar conta do "mundo rico de sugestões" que é a Luanda da escrita. E a esse mundo a autora retorna neste livro em que apresenta, organizado sob a forma de um texto único, o resultado de reflexões levadas a efeito desde os anos 1990, com uma nova redação e uma nova perspectiva.
Nos ensaios deste livro, Sant'Anna estuda o pedregoso caminho da obra de dois de nossos maiores poetas, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto, partindo da questão da dificuldades da criação poética. A relação delicada e problemática entre os autores, no limiar entre a filiação a um determinado fazer literário e a elaboração de uma identidade própria, é o ponto de partida para o percurso empreendido.
Uma das mais completas obras sobre Charles Darwin chega agora nesta coedição da Editora Unesp com a Aracati. Publicado originalmente em 1995, este extenso trabalho da historiadora Janet Browne revela aspectos anteriormente desconhecidos da trajetória do naturalista inglês. O trabalho é dividido em dois volumes, e neste segundo livro, O poder do lugar, a autora revela a fase mais engajada e criativa de Darwin, representada por seu intenso intercâmbio com inúmeros pesquisadores, incluindo aí alguns brasileiros, e também por uma agitada atividade intelectual, fomentada por meio de relações políticas que tinham como objetivo angariar apoio para empreitadas que iam além do âmbito científico.
Marxismo e crítica literária consiste em um criterioso e, ao mesmo tempo, conciso estudo sobre a relação entre o pensamento marxista e a produção artística. Ao longo da obra, Terry Eagleton interpreta textos de Marx e Engels, bem como analisa o trabalho de autores como Plekhanov, Trotski, Lenin, Lukács, Goldmann, Caudwell, Benjamin e Brecht. Uma leitura de referência para a crítica literária.