Desigualdades e inclusão nos governos do PSDB e do PT
Escritos por pesquisadores e especialistas no tema, os artigos que compõem este volume investigam, sob diversos aspectos, os marcos políticos de nosso recente trajeto republicano. Assim, questões como aquelas ligadas à agenda de proteção social de diferentes partidos, a efetividade das políticas de redistribuição de renda adotadas, a questão tributária e sua relação com a desigualdade social e econômica, a estruturação do orçamento federal, entre outras, são abordadas a partir de dados empíricos e com o devido rigor científico.
Marta Arretche é professora titular do Departamento de Ciência Política da USP e diretora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).
Eduardo Marques é doutor em Ciências Sociais (IFCH/Unicamp), professor titular do Departamento de Ciência Política (DCP/USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).
Carlos Aurélio Pimenta de Faria é doutor em Ciência Política (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – Iuperj, 1997) e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).
Os textos aqui reunidos resgatam o pensamento de Mauricio Tragtenberg, intelectual que concebia o mundo contemporâneo de forma lúcida e clara, em relação à política, ao poder politico e ao Estado. Exemplos acabados de um trabalho comprometido com o projeto libertário de sociedade e que conservam uma atualidade dramática, principalmente quando analisam o muitas vezes aviltante modo de fazer política no Brasil.
Existem capacidades, papéis e funções políticas específicas da sociedade civil nas sociedades democráticas? Há um estatuto político da sociedade civil nas democracias? Qual a relação entre participação e desenvolvimento?
Neste livro, o argentino radicado no Brasil Héctor Luis Saint-Pierre, remando contra a maré antiesquerdista desses tempos neoliberais, oferece um estudo bem fundamentado dos aspectos estratégicos da guerra revolucionária, tanto do ponto de vista teórico quanto do de suas manifestações práticas ao longo da história. Analisando suas concepções a partir dos gregos e mostrando suas origens camponesas, no século XV, como reação espontânea e inconsciente da massa, o autor chega às modernas teorias antiespontaneístas de Lenin e de outros revolucionários, assim como às manifestações atuais da luta armada e do terrorismo. Longe de qualquer panfletarismo, trata-se aqui de um estudo sério e erudito, que faz um apanhado atualizado da questão, e que interessa não só a políticos, historiadores e cientistas sociais, mas ao público em geral.
O conjunto de entrevistas reunidas em A política e as letras apresenta ao leitor um Raymond Williams pouco conhecido do público brasileiro. Gestado com o intuito de discutir sistematicamente o pensamento do intelectual britânico, este livro propõe uma rara reflexão biográfica em que trajetória pessoal e reconstruções teóricas se conformam em um instigante debate sobre a própria atividade intelectual.
Há quase trinta anos, o sociólogo, antropólogo e filósofo francês Bruno Latour vem se dedicando a refletir sobre o casamento, não livre de adversidades, da ecologia com a política. Se não é exatamente recente o boom dos movimentos engajados em ativismo ambiental, é preciso trazer ao debate a questão: diante das transformações climáticas, das agressões sistemáticas das quais o planeta padece, eles têm conseguido efetivo respaldo político? A ecologia política é capaz, afinal, de dar conta desse delicado desafio?