Tentando compreender um importante momento da história do ensino de língua portuguesa no Brasil, a autora examina a proposta apresentada na coletânea O texto na sala de aula: leitura e produção, organizada pelo linguista e professor gaúcho João Wanderely Geraldi (1946-), na qual estão reunidos textos dele e de outros professores e pesquisadores. A abordagem do trabalho é principalmente histórica, centrada em pesquisa documental e bibliográfica, tendo a pesquisadora, para tanto, também localizado, recuperado, reunido e ordenado outros textos de Geraldi, de modo a analisar a configuração textual da coletânea e compreender o conjunto de aspectos constitutivos do sentido da proposta para o ensino de língua portuguesa segundo o linguista. Para a autora, essa proposta sofreu significativa influência principalmente das ideias franchianas sobre o ensino, das ideias bakhtinianas sobre linguagem e das ideias linguísticas de origem francesa, que começaram a ser veiculadas no Brasil a partir da década de 1980, caracterizando o interacionismo linguístico como base teórica do que Geraldi defendeu para o ensino de língua portuguesa no país.
Luzia de Fátima Paula é pós-graduada em Educação pela Unesp, sendo este trabalho resultado de sua pesquisa de mestrado para a mesma universidade.
A ideia de que alguma vez existiu uma linguagem que expressasse de forma perfeita e inequívoca a essência de todas as coisas e conceitos possíveis ocupou as mentes dos filósofos, teólogos e místicos por pelo menos dois milênios. Neste livro, Umberto Eco investiga esse projeto utópico de se descobrir uma língua original, perfeita e única para todo o gênero humano.
Este livro investiga a relação entre intelectuais lusos e a cultura nacional, com destaque para os nomes de Jorge de Sena, Sidónio Muralha, Adolso Casais Monteiro, Agostinho da Silva, Eudoro de Sousa, Ferreira de Castro, Manuel Rodrigues Lapa e Vitorino Nemésio.
Este livro reùne pela primeira vez um estudo e uma antologia abordando as concepções poéticas dos autores do Brasil colonial. Os primórdios de nossa poesia são aqui analisados do ponto de vista de um especialista em poética clássica, que mostra o quanto aqueles autores obedeciam a princípios cristalizados desde gregos e latinos. Roberto de Oliveira Brandão expõe ainda as poéticas específicas de Bento Teixeira, Gregório de Matos, Manuel Botelho de Oliveira, Silva Alvarenga, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Esses autores fazem parte, juntamente com Frei Manuel de Santa Maria Itaparica, Santa Rita Durão, Basilio da Gama e Alvarenga Peixoto, da antologia abrangente e profusamente anotada de poemas, prefácios, prólogos e dedicatórias que permite uma visão bastante detalhada do que pensavam os poetas da colônia a respeito da poesia.
Este livro apresenta uma história concisa do gênero narrativo, por meio do esboço da genealogia de suas principais formas, com a finalidade de caracterizar os elementos fundamentais e os princípios gerais de um sistema de representação literária e da sua linguagem artística. O trajeto evolutivo do gênero é recortado em três momentos fundamentais: a história antiga, o início da história moderna e um percurso de retorno à Modernidade.
Ao fixar o modernismo paulista como sendo o modernismo brasileiro, a crítica e a história literárias excluíram tudo aquilo que não cabia no modelo de 1922. Nos ensaios que compõem este volume, Francisco Foot Hardman desafia o consenso fácil e a hegemonia de pensamento que, de modo geral, os eternos modernistas paulistas obtiveram no país.