Em Escutar o invisível, Eduardo Calil procura entender o processo da produção escrita no âmbito escolar, tomando por base os estudos de critica genética e mesclando-os a conceitos da Psicanálise lacaniana e da Análise de Discurso francesa. O autor insere sua reflexão de forma crítica e interessante entre as concepções mais profícuas de língua, discurso e autoria hoje existentes. Mostra que, ao retirar esses conceitos do plano adulto e ressituá-los na infância e no manuscrito escolar, é possivel expandir a própria teorização sobre os processos de escritura.
Eduardo Calil, linguista e pedagogo, é professor de aquisição de linguagem oral e escrita na Universidade Federal de Alagoas, coordenador do Grupo de Pesquisa Escritura, Texto & Criação (ET&C) e pesquisador-associado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também é autor das obras A criança e a escrita de histórias inventadas (2004, EDUEL) e Trilhas da Escrita: autoria, leitura e ensino (2007, Cortez), além de numerosos artigos científicos.
Este livro reconstitui de modo original a história e a evolução do PSB em São Paulo, de 1945 a 1965. Tomando como base de análise o jornal A Folha Socialista, esta reflexão sobre as propostas, a composição e a atuação deste órgão tem como eixo a produção teórica dos militantes. A reconstituição desse ideário, de caráter reformista, contribui, de modo bastante significativo para uma maior compreensão da realidade política nacional contemporânea.
Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.
Neste livro são estudadas, em suas múltiplas implicações, o romance de Jorge Amado (1912-2001), produzido na década de 1930, e o romance neo-realista português, publicado no início da década de 1940. O objeto de trabaho são as obras que se destacam pela ênfase política e pela existência de traços literários convergentes que apontam para a revalorização do realismo e o aprofundamento da temática social. A tese norteadora pretende demonstrar que o projeto estético-ideológico de Jorge Amado foi incorporado pelos neo-realistas na primeira fase do movimento, contribuindo para o surgimento de um novo romance social em Portugal, em que os elementos da composição literária apresentam afinidades estéticas e ideológicas com a narrativa empenhada do autor baiano.
Este livro empreende uma análise conjugada da experiência social de Júlio Ribeiro e de seus textos no âmbito das letras paulistas, entre as décadas de 1870 e 1890, com o objetivo de ultrapassar o rótulo estigmatizante de "autor de um romance obsceno" - A Carne (1888) - elaborado por seus coetâneos e perpetuado na memória histórica.