Cultura tecnológica, espaço e desenvolvimento
Este livro aprofunda as dimensões estruturantes da mundialização, analisa seus desdobramentos macroeconômicos e geopolíticos, espaciais e ambientais, suas configurações e consequências, tendo como campo privilegiado os rebatimentos políticos na periferia do sistema capitalista.
Marcos Costa Lima é professor do Programa de Pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, onde estuda temas de Politica Internacional Comparada; a Dinâmica do Capitalismo e as Relações Sul-Sul. É doutor em Ciências Sociais pela Unicamp (SP) e pós-doutorado pela Universidade Paris XIII – Villetaneuse.
Neste livro o professor Marcos Costa Lima, da Universidade Federal de Pernambuco, segue as transformações do capitalismo a partir da segunda metade do século 20 e as implicações do advento dessas mudanças nos contextos brasileiro e latino-americano. Numa abordagem explicativa e descritiva, o livro aponta os antecedentes da desintegração da chamada fase de ouro do capitalismo e trata da necessidade de novas interpretações diante do abandono, por parte do pensamento neoliberal, de quaisquer considerações sobre regulação e projetos estatais. Também há espaço para as fronteiras, principalmente as da Amazônia, e sua necessidade de maior coesão com o Brasil a partir de um projeto de desenvolvimento sensível às suas particularidades. De maneira complementar, seguindo um viés teórico, o autor faz uma releitura da teoria do subdesenvolvimento de Celso Furtado, um dos norteadores das reflexões aqui apresentadas, e finaliza com paralelos entre Brasil, México, China e Índia.
Este é um livro que ganhou fama, antes mesmo de ser publicado. Desde 1975, quando João Manuel apresentou O capitalismo tardio como tese de doutoramento, as cópias xerografadas circulam pelo Brasil inteiro, cada vez menos legíveis pela incessante reprodução. O autor, como de hábito, ignorou sistematicamente o sucesso de seu trabalho clandestino e desdenhou os elogios. Absorveu as objeções com o mesmo rigor com que costuma avaliar os méritos de sua própria obra. Por isso desapontou os críticos com o silêncio e suportou os apelos para publicar o livro, com o desapego dos que já estão pensando novas questões. A distância que João Manuel guarda em relação a seus trabalhos terminados é proporcional à intimidade que mantém com o pensamento vivo e questionador.
A obra de Haug é instância de peso dentro do pensamento estético alemão. Suas teses, sempre guiadas pela originalidade de tratamento e fertilidade intelectual, sugerem uma visão do campo onde melhor pode render, no plano da estética, a análise das formas econômicas. Por este prisma, este livro revitaliza o debate a respeito do impacto e presença da produção e reprodução capitalistas sobre a criação e consumo intelectual e estético.
Reflexões sobre visões históricas do capitalismo no século XX e suas transformações recentes, observações sobre os principais pensadores criticos desse sistema e quatro artigos sobre futebol – uma das paixões do autor – tornam este livro uma leitura agradável que oferece uma ampla visão de questões que ocupam nosso dia a dia econômico e social. Ao reunir parte dos artigos que o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo publicou na imprensa, esta coletânea oferece exemplos de textos de um intelectual que, ao longo de sua carreira, se caracterizou pela coragem de debater suas opiniões dentro e fora do mundo universitário.
O sociólogo alemão Ulrich Beck verifica, entre outros fatores, como o individualismo exacerbado, vinculado ao capitalismo, ameaça eliminar alguns pressupostos da liberdade, como o potencial de mudança social dos partidos políticos e os sindicatos. A sociologia é uma ciência fascinante por tratar de um universo social em constante mutação, constituído por ricos, pobres, sindicatos, partidos políticos; enfim, uma matéria animada que oferece um desafio permanente de interpretação. A partir dessas relações, o profissional da área desenvolve uma compreensão desse conjunto, verificando, entre outros tópicos, as formas de poder vigentes e o seu dinamismo. Neste livro, o sociólogo alemão Ulrich Beck se debruça sobre a sociedade contemporânea, verificando, entre outros fatores, como o individualismo exacerbado, vinculado ao capitalismo, ameaça eliminar alguns pressupostos da liberdade, deixando, por exemplo, amorfas importantes instituições de mobilização social, como os partidos políticos e os sindicatos.